Este mês de janeiro marca uma importante campanha de conscientização: o Janeiro Roxo, dedicado à prevenção e combate à hanseníase. A doença continua a ser um desafio de saúde pública global, com milhares de novos casos diagnosticados anualmente em diversos países, incluindo o Brasil.
A hanseníase é uma doença infecciosa que afeta principalmente a pele, os nervos periféricos, mucosas das vias respiratórias e olhos. Apesar de curável e de tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o diagnóstico precoce ainda é um dos maiores obstáculos para o controle efetivo da doença.
Durante o Janeiro Roxo, diversas iniciativas são promovidas para informar a população sobre os sinais e sintomas da hanseníase, além de incentivar a busca por diagnóstico e tratamento adequados.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias falou sobre o assunto com a Dra. Ana Paula Servato, médica dermatologista. “O Janeiro Roxo é dedicado a conscientização sobre a hanseníase, mês que existe para nos lembrar da importância de falar abertamente sobre a hanseníase, que apesar de ser muito antiga, precisa de atenção, já que o Brasil é um dos países com maior incidência dessa doença, que pode se manifestar por meio de vários sintomas que acometem a pele, nervos, mucosas como vias respiratórias e olhos. Incluem manchas na pele, com perda de sensibilidade ao calor, ao toque, a dor, sensação de formigamento e em alguns casos pode ter complicações musculares. A boa notícia é que tem cura e o diagnóstico e tratamento são feitos pelos SUS, lembrando que o diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento são essenciais para evitar complicações e transmissão da doença.”, disse.
A médica destacou como é feito o diagnóstico da doença. “Ele é feito com base em um bom exame clínico, observando sinais característico da doença, e quando necessário podemos solicitar exames complementares. A hanseníase pode afetar qualquer pessoa, e o principal fator de risco é a exposição prolongada a bactéria causadora da doença. O tratamento é simples e eficaz, mas precisa ser seguido corretamente.”.
Dra. Ana Paula Servato alertou a população para que fique atenta aos sinais e alterações na pele. “Se notar alguma alteração na pele, manchas que não tem sensibilidade, sentir formigamentos, manchas diferentes, procure um profissional de saúde. Informação e diagnóstico precoce são as melhores formas de prevenção, de garantir uma cura sem sequelas e ainda reduzir a transmissão da doença. Vamos fazer do Janeiro Roxo um mês de conscientização e cuidado com a nossa saúde.”.