Tentativa de golpe: adamantinense recebe carta de falso Cartório de Precatórios

05/11/2021 07h15 Ao receber a carta, o morador – que é servidor público municipal – buscou orientações e esclarecimentos junto ao Sindicato dos Servidores Públicos.
Por: Siga Mais, Adamantina - SP
Tentativa de golpe: adamantinense recebe carta de falso Cartório de Precatórios Foto: Reprodução Internet

Um morador de Adamantina recebeu correspondência no seu endereço de residência, em seu nome, informando tratar-se de “Notificação Judicial São Paulo” expedida pelo órgão identificado como “Cartório de Precatório de São Paulo” – Setor de Cartas Precatórias Cíveis. A correspondência, porém, é mais uma tentativa de golpe contra o cidadão.

Ao receber a carta, o morador – que é servidor público municipal – buscou orientações e esclarecimentos junto ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Adamantina (SindServ), que fez uma checagem e identificou, na internet, que se tratava de golpe. O Sindicato fez uma rápida pesquisa e identificou situações semelhantes sobre a pratica delituosa. De imediato, orientou o servidor contatado.

Para ampliar o alerta, o SindServ procurou o SIGA MAIS e relatou o caso. A reportagem, por sua vez, fez contato com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), quer advertiu tratar-se de golpe.

A assessoria encaminhou conteúdo já publicado no site oficial do órgão, com esclarecimento e orientações sobre essas e outras modalidades de golpes onde os bandidos tentam se passar pelos órgãos de justiça. “Quadrilhas especializadas em golpes costumam utilizar o nome, logotipo e/ou informações de empresas, escritórios de advocacia e instituições públicas, como o Tribunal de Justiça de São Paulo, para ludibriar o cidadão e praticar crimes diversos, seja através de telefonemas, mensagens por aplicativo, cartas ou mesmo com a criação de falsos sites de leilões. Não caia nessa! Fique atento às orientações. Se a fraude já foi consumada, é importante ir registrar boletim de ocorrência em uma delegacia, para que as autoridades policiais possam investigar o caso”, orienta o TJSP.

Segundo exemplifica o órgão estadual, os criminosos enviam, por exemplo, falsas correspondências  com informações sobre sentenças favoráveis, solicitando depósitos de custas ou outras taxas para posterior levantamento do dinheiro. As comunicações têm o logotipo do TJSP ou de outros órgãos oficiais e, até mesmo, o nome de funcionários que realmente trabalham nas unidades judiciárias, mas nada têm a ver com as fraudes. Em geral, constam nas correspondências supostos telefones das unidades cartorárias. Ao ligar para os números indicados, a quadrilha atende como se realmente fosse da vara indicada. Em geral – destaca o TJSP – o fraudador atende e informa que deve ser feito pagamento para que a vítima receba o benefício.

Telefonemas e mensagens

Na mesma publicação em seu site oficia, o órgão orienta sobre outras modalidades de abordagem ao cidadão, que são golpes. “O TJSP não comunica ajuizamento de ações ou supostas liberações de créditos por telefone ou WhatsApp e não solicita o pagamento de qualquer quantia. Processos e intimações devem sempre ser consultados diretamente no site do Tribunal. Um dos golpes aplicados por criminosos é o da falsa conciliação. Alguém que se passa por funcionário de fórum telefona e afirma que determinada empresa está com uma ação pronta para dar entrada, mas que pode ser feito um acordo. Se a vítima afirma que aceita o ajuste, a ligação é transferida para um suposto advogado, que informa opções de pagamento e envia boleto por e-mail. É preciso atenção para não cair em armadilhas como essa”.

Leilões

Sobre sites de leilões, há também tentativas de golpes quando os bandidos criam sites falsos. Nesse tema o Tribunal também faz orientações. “Por meio do endereço www.tjsp.jus.br/auxiliaresjustica/auxiliarjustica/consultapublica, os cidadãos podem verificar se realmente o site do leiloeiro está na lista do TJSP e, mesmo que seja, é fundamental checar se o endereço do site ao qual teve acesso corresponde exatamente ao endereço do leiloeiro, pois os criminosos podem usar uma URL muito similar”, diz. “Outra dica é que, ao clicar no bem que está em leilão, os sites idôneos apresentam informações sobre o processo ao qual aquele objeto ou imóvel está relacionado. Geralmente há o número da ação, a vara e alguns documentos. De posse de tais dados, o interessado pode, ainda, entrar em contato com a unidade por e-mail para confirmar a veracidade do leilão”, completa.

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