A Câmara Municipal de Osvaldo Cruz realizou, na noite desta quarta-feira (13), a 7ª Sessão Extraordinária do ano. A reunião, no plenário da Casa de Leis, contou com a presença de cerca de 50 professores e discutiu quatro projetos de interesse da comunidade.
O principal tema foi o Projeto de Lei da prefeita Vera Morena, que previa reajuste de 5,7% nos salários dos professores e alteração da hora-aula de 45 para 60 minutos. Com votos da oposição e o apoio do vereador governista Gérson Credendio, o Juca (PP), a proposta foi rejeitada.
Votaram contra: Carol Rossi, Seuber de Andrade, Álvaro Bellini, Luiz Gumiero, Lisandra Tonol, Donizete de Brito e Juca. O presidente da Câmara, Marcelo Corrêa, não votou, mas se manifestou contrário.
Durante a sessão, a vereadora Carol Rossi criticou o projeto. “Essa proposta mexe diretamente na vida dos professores e monitores, mas foi discutida sem ouvir quem vive a realidade das salas de aula”, disse.
O vereador Juca também se posicionou contra. “A Câmara não deve atuar como ‘polícia’ em casos que afetam diretamente os professores. Questões como pagamento de holerites devem ser analisadas pelo Ministério Público”, afirmou.
Já o vereador Seuber de Andrade declarou solidariedade à categoria.“Todos têm contas a pagar. Medidas sem aviso prévio prejudicam e, no meio do ano letivo, tornam a implementação inviável”, disse.
Com a reprovação, a Secretaria de Educação deve se pronunciar nesta quinta-feira (14) sobre a situação dos docentes. A administração afirma que a mudança visava cumprir decisão judicial que prevê 37 horas semanais de trabalho para os professores.
Além desse tema, outros três projetos foram aprovados por unanimidade:
Convênio com cidades da região para manutenção de serviço de acolhimento institucional de jovens.
Doação de área para a empresa M. Fachiano Indústria e Comércio Ltda.
Reajuste de 30,3% no vale-alimentação dos servidores da Câmara, fixando o valor em R$ 725,00. O vereador Seuber explicou que o benefício não é pago aos parlamentares.