Suspeito de invadir residência e estuprar menina de 12 anos diz não se lembrar do que aconteceu porque consumiu ‘muito álcool e drogas’

07/08/2023 08h32 Homem, de 32 anos, se passou por policial para entrar no local do crime, em Junqueirópolis (SP).
Por G1, Junqueiropolis (SP)
Suspeito de invadir residência e estuprar menina de 12 anos diz não se lembrar do que aconteceu porque consumiu ‘muito álcool e drogas’ Foto: Polícia Civil

O rapaz, de 32 anos, suspeito de ter se passado por policial para invadir uma casa e estuprar uma adolescente, de 12 anos, na madrugada do último dia 27, no bairro rural Duas Barras, em Junqueirópolis (SP), alegou à Polícia Civil que “havia consumido muito álcool e drogas” no dia do crime.

Em interrogatório nesta quinta-feira (3), o investigado ainda teria dito que se lembrava de ter estado no local no dia do crime, porém, não se recordava do que aconteceu depois, segundo o que o delegado responsável pelas investigações, Eliandro Renato dos Santos, informou ao g1.

“Quando interrogado, ele parcialmente confessou [o crime], falando que reconhece que esteve no local mesmo, mas disse que não consegue se recordar dos desdobramentos, o que teria acontecido, porque ele tinha consumido muito álcool e drogas”, disse Santos.

A audiência de custódia do suspeito na Justiça ocorreu na tarde desta sexta-feira (4) e ele foi removido para a Cadeia de Adamantina (SP).

Prisão temporária

O investigado foi preso na tarde desta quinta-feira, na zona rural de Junqueirópolis. De acordo com a Polícia Civil, o homem estava escondido em uma fazenda no bairro Ariranhas, a cerca de 25 km da cidade.

Em uma operação policial iniciada pela manhã, após investigações, os agentes chegaram até o suspeito, que foi preso e permaneceu à disposição da Justiça.

“Como é um crime equiparado a crime hediondo, pela gravidade, pela forma como ele é bárbaro, a prisão temporária é válida por 30 dias e pode ser prorrogada por mais 30 dias”, afirmou o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, o suspeito será indiciado, em princípio, pelos crimes de estupro de vulnerável, cárcere privado e lesões corporais.

Vítima

À TV Fronteira, o delegado informou que a adolescente, vítima do estupro, teve laceração na região íntima e, por isso, precisou realizar uma cirurgia.

Ela estava internada na Santa Casa de Misericórdia, em Junqueirópolis, e recebeu alta nesta quarta-feira (2), após uma semana hospitalizada. Agora, a vítima está sob os cuidados da família, em outra cidade.

Relembre o caso

A Polícia Civil instaurou um inquérito na última sexta-feira (28) para investigar um estupro de vulnerável no bairro Duas Barras, na zona rural de Junqueirópolis. Uma adolescente de 12 anos teria sido a vítima, e, de acordo com o delegado, um homem se passou por policial para entrar na residência, onde a menina mora com os avós.

“[O criminoso] disse: 'Abra a porta que é a polícia'. Eles [moradores] abriram a porta, [o homem] ameaçou com um canivete, aí os senhores ficaram sentados no sofá, a menina estava lá, ficaram ali por um tempo e, em dado momento, ele levou a menina até o quarto e praticou relação sexual”, disse Santos ao g1.

Na ocasião, o rapaz teria agredido fisicamente os avós da vítima, de 70 e 74 anos.

Ainda conforme o delegado, o crime de estupro “se verificou mesmo, porque o laudo [médico] constatou” a violência sexual.

“Nós fizemos, depois, toda a profilaxia na menina, medicação preventiva. Ela já está sendo assistida. Inclusive, ela foi encaminhada à Santa Casa [de Misericórdia] de Junqueirópolis, foi feito todo o procedimento e nós vamos dar todo o suporte à família”, acrescentou.

A Polícia Científica foi acionada para realizar a perícia técnica no local do crime e recolher materiais “para eventual confronto de DNA”, como roupas íntimas e lençóis.

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