A Polícia Federal deflagrou a Operação Inopino para combater crimes sanitários, de corrupção, estelionato e falsidade documental praticados por organização criminosa envolvendo um frigorífico localizado em Presidente Prudente (SP). A ação acontece na manhã desta segunda-feira (31).
Aproximadamente 50 policiais federais estão cumprindo sete mandados de busca e apreensão também nas cidades de Presidente Epitácio (SP) e Rancharia (SP), além de Presidente Prudente.
Segundo a PF, provas desde 2018 que constam no processo apontam que uma auditora fiscal federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) teria recebido valores e vantagens para facilitar a comercialização de carnes fora das normas adotadas pelo setor.
Durante as investigações, ainda conforme a polícia, ficaram demonstrados "fortes indícios" de que a servidora pública e representantes de uma empresa investigada trocavam embalagens de forma a adulterar datas de vencimento e modificavam romaneios e relatórios de pesagem.
A PF não divulgou o nome da empresa investigada.
A investigação apura a suposta prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, prevaricação, falsidade documental, crime sanitário, estelionato e organização criminosa.
Por determinação judicial, a auditora fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento investigada será afastada de suas funções.
O próximo passo da Polícia Federal é identificar se há outros envolvidos na prática.
O G1 solicitou um posicionamento oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sobre o assunto, mas não obteve resposta até o momento desta publicação.