Sete integrantes de organização criminosa especializada em roubo de caminhões são presos; motoristas vítimas eram sequestrados pelo grupo

08/09/2023 08h16 Maior parte dos suspeitos foi localizada em uma chácara, onde tramava o próximo crime, que ocorreria em Presidente Prudente (SP). Veículos eram levados até o Paraguai.
Por G1, Presidente Prudente (SP)
Sete integrantes de organização criminosa especializada em roubo de caminhões são presos; motoristas vítimas eram sequestrados pelo grupo Integrantes de organização criminosa que roubava caminhões foram presos em Regente Feijó (SP) — Foto: Polícia Civil

Sete homens, com idades de 18 a 41 anos, foram presos durante uma operação da Polícia Civil contra uma organização criminosa especializada em roubos de caminhões, nesta terça-feira (5), em Regente Feijó (SP) e Guarulhos (SP).

De acordo com informações repassadas pela polícia, a quadrilha, composta por oito pessoas, já havia executado aproximadamente 50 roubos de caminhões, que, posteriormente, eram transportados até o Paraguai.

Em Presidente Prudente (SP), foram registrados dois roubos a caminhões e uma tentativa de assalto. Já em Regente Feijó, a quadrilha teria cometido dois roubos.

Sequestro de caminhoneiros

O delegado Pablo Rodrigo França explicou ao g1, na tarde desta quarta-feira (6), como a organização criminosa agia durante os roubos dos caminhões, que envolviam sequestros de até quatro dias de duração.

"Não é simplesmente um roubo. Eles sequestram os caminhoneiros. Eles marcam o frete por um aplicativo, o caminhoneiro vem com a carreta, eles sequestram o caminhoneiro, levam para o cativeiro, deixam o caminhoneiro e extorquem, para ele fazer transferências bancárias, pagamentos, até travar o cartão de crédito dele e, enquanto isso, o caminhão é transferido para a fronteira do Paraguai, para ser deixado no Paraguai. Quando esse integrante [que leva o caminhão] volta, aí eles soltam o caminhoneiro. Eles chegam a ficar três, quatro dias em cativeiro", explicou França.

França ainda destacou que os caminhões roubados eram avaliados em até R$ 400 mil cada.

"Durante as investigações, a gente soube que eles estariam em [Presidente] Prudente para praticar um novo crime nesta terça-feira, no final da tarde, e, como sabíamos onde seria o cativeiro, nós antecipamos para não correr o risco com essas vítimas. Nós antecipamos a ação e fizemos as prisões", acrescentou ao g1.

O delegado ainda detalhou que dois integrantes da quadrilha confessaram à Polícia Civil que "aproximadamente 50 sequestros e roubos, entre Santa Catarina, Paraná e o Estado de São Paulo" teriam sido cometidos pela organização criminosa em 2023.

"Estamos compartilhando com outras delegacias. Analisando o material apreendido, a gente consegue identificar por onde eles passaram. Por exemplo, a gente já identificou outros sete roubos de outras regiões", concluiu o delegado.

Dos seis homens localizados em Regente Feijó, cinco foram presos em flagrante e um foi preso durante o cumprimento de um mandado de prisão temporária.

A quadrilha era composta por oito pessoas e, além dos presos no Oeste Paulista, um outro homem foi localizado e preso em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo (SP). O oitavo integrante do grupo ainda não foi preso, no entanto, já foi identificado pela Polícia Civil.

Foram apreendidos durante a operação duas armas de fogo, munições, um veículo e aparelhos celulares.

Os suspeitos devem responder por organização criminosa, porte de arma e resistência e seguem à disposição da Justiça.

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