Preso por matar e enterrar mulher em quarto nega assassinato à polícia e diz que soube do crime pela TV

28/04/2023 08h31 Caso foi registrado em Nova Granada, em agosto de 2022, e homem foi localizado após cerca de oito meses em Guapiaçu (SP). Suspeito disse à polícia que não sabia que estava sendo procurado pela Justiça.
Por G1, Nova Granada (SP)
Preso por matar e enterrar mulher em quarto nega assassinato à polícia e diz que soube do crime pela TV (Foto: Reprodução)

O homem preso por matar e enterrar o corpo da ex-companheira dentro do quarto de uma casa negou o assassinato à polícia e disse que soube do crime pela televisão. O caso ocorreu em Nova Granada (SP), em agosto de 2022.

Clayton Bueno de Souza foi interrogado de forma online pelo delegado responsável pelo caso, Ericson Salles Abufares, nesta quarta-feira (26).

À polícia, Clayton informou que em 2019 conheceu a vítima, Edilamar Aparecida Pires Miranda, quando estavam presos, ela em uma penitenciária em Tupi Paulista (SP) e ele em Marília (SP).

O suspeito ainda disse à polícia que não sabia que estava sendo procurado pela Justiça. Ele foi encontrado e preso pela equipe no dia 16 de abril deste ano, após oito meses do crime, no banco da Praça da Matriz, em Guapiaçu (SP).

Na sequência, o criminoso foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de São José do Rio Preto (SP), onde permanece preso.

Entenda o caso

O corpo de Edilamar Aparecida Pires Miranda foi encontrado pela mãe dela em uma espécie de cova, no dia 24 de agosto, em Nova Granada.

Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada e constatou que o portão da residência da casa onde a vítima morava foi arrombado. Em um dos quartos havia uma cômoda em cima de um tapete e, no local, foi encontrada uma espécie de cova.

Com uma pá, a equipe localizou o corpo de Edilamar Aparecida Pires Miranda. Segundo o relato da mãe à polícia, a filha estava desaparecida havia oito dias.

De acordo com a Polícia Militar, várias pedras de naftalina foram localizadas na soleira da janela para disfarçar o odor do corpo. Na varanda havia baldes e uma sacola com terra.

Os bombeiros foram acionados para retirar o corpo, que foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

O ex-marido da vítima não foi localizado e Clayton Bueno de Souza passou a ser procurado pela polícia.

Durante a investigação, testemunhas foram ouvidas, menos Gislaine Torres de Oliveira, que estava com o suspeito dias antes do crime e era apontada como uma das responsáveis pela morte de Edilamar. Ela foi assassinada pelos filhos da vítima após o crime.

“O que me atrapalhou neste inquérito é que iríamos ouvir a mulher que estava com o suspeito, mas os filhos da vítima mataram essa testemunha. Foi outro homicídio relacionado a este”, disse Ericson Abufares, delegado que investigou o caso.

O suspeito de matar a testemunha foi preso, mas acabou absolvido pelo Tribunal do Júri por "clemência", no dia 13 de abril. Ele estava preso desde o ocorrido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São José do Rio Preto (SP), mas foi liberado após o término do julgamento.

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