Uma investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), em parceria com o Ministério Público do Rio (MPRJ), revelou que traficantes do Comando Vermelho instalados no Complexo da Penha planejavam a compra de drones com câmeras térmicas, capazes de detectar pessoas no escuro. O objetivo seria aprimorar a vigilância policial e reforçar o controle territorial da facção, que domina mais de 1.000 comunidades no estado.
A descoberta foi anexada à denúncia que embasou a operação de terça-feira (28), na qual 113 suspeitos foram presos. As investigações apontam o Complexo da Penha como uma base estratégica da quadrilha, utilizada para escoamento de drogas e armamentos, além de servir como centro de planejamento de ações violentas, incluindo torturas e execuções.
Mensagens interceptadas mostram o interesse da facção em tecnologia avançada e detalham sua estrutura hierárquica, com escalas de plantão, controle de pagamentos e punições. Criminosos como Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, e Juan Breno Malta Ramos, o BMW, lideram operações e tribunais do tráfico.
A operação evidencia o nível de organização e sofisticação tecnológica do Comando Vermelho, que alia controle territorial, vigilância e armamento pesado para manter seu domínio sobre o Rio de Janeiro.