A Polícia Civil de Tupã concluiu em tempo recorde a investigação sobre o homicídio que vitimou um homem de 38 anos em Quintana (SP), crime ocorrido na madrugada de 29 de outubro. O caso, marcado por extrema violência, envolveu esquartejamento e ocultação de cadáver, e só veio à tona em 4 de novembro, quando moradores encontraram partes do corpo em uma área de vegetação próxima à linha férrea da cidade.
Três pessoas — um casal e outro homem — foram presas na sexta-feira (7), apontadas como responsáveis pelo assassinato. Um dos suspeitos foi detido na casa onde o crime ocorreu, em Quintana; o segundo, localizado em uma propriedade rural em Borá, onde tentava se esconder; e a mulher, companheira de um dos acusados, também foi presa por participação direta no esquartejamento e na ocultação do corpo.
A investigação foi conduzida pelas delegadas Milena Davoli de Melo (DIG de Tupã) e Luciana Zanella (Delegacia de Quintana), com apoio do delegado Eduardo Saran (SIG). Segundo as autoridades, o crime foi premeditado e executado com extrema crueldade. Durante os interrogatórios, o casal confessou que costumava assistir a séries sobre homicídios e esquartejamentos — entre elas Dahmer — e que um dos homens teria manifestado o desejo de “viver algo semelhante”.
A vítima teria sido escolhida aleatoriamente. Após o homicídio, o corpo foi esquartejado e as partes transportadas em um carrinho de bebê até o local onde foram descartadas.
O trabalho pericial do Instituto de Criminalística de Tupã foi decisivo para a elucidação do caso. Com o uso do reagente químico luminol, que reage com o ferro presente na hemoglobina e emite luz azul ao detectar vestígios de sangue, os peritos identificaram manchas em várias áreas da residência, especialmente no colchão e no piso — confirmando o local da execução.
Amostras coletadas foram encaminhadas para exames laboratoriais e análises de DNA, que deverão reforçar as provas reunidas no inquérito.
Os três suspeitos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça após audiência de custódia e permanecem à disposição do Judiciário.