Operação contra inserção de dados falsos nos sistemas da Previdência Social cumpre mandados de busca e apreensão na região

02/06/2021 05h42 Polícia Federal realizou as ações em Presidente Prudente e em Álvares Machado. Servidora suspeita do crime foi afastada de suas funções.
Por G1, Presidente Prudente - SP
Operação contra inserção de dados falsos nos sistemas da Previdência Social cumpre mandados de busca e apreensão na região Polícia Federal realiza operação em Presidente Prudente e em Álvares Machado, nesta quarta-feira (2). (Foto: Cedida)

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (2), a Operação Perfídia, que investiga a inserção de dados falsos nos sistemas da Previdência Social por uma servidora do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O objetivo do delito era gerar direito indevido a benefício previdenciário para pessoas diversas.

Os agentes cumpriram oito mandados de busca e apreensão, sendo quatro em Presidente Prudente e quatro em Álvares Machado. Também houve o afastamento cautelar da servidora suspeita do exercício de sua função pública.

Conforme a polícia, a ação caracteriza o crime previsto no Artigo 313-A do Código Penal, que consiste em “inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano”.

A investigação teve início em razão de denúncia do próprio INSS em Presidente Prudente, o qual identificou diversos benefícios em que o tempo e valor de contribuição do segurado foram majorados pela servidora concedente em desacordo com as normas da instituição e sem fundamento em documentos comprovatórios das alterações.

Tal incremento indevido de tempo e/ou de valor de contribuição foi identificado em mais de 20 benefícios de aposentadoria, todos concedidos pela mesma servidora investigada. Se confirmado, a ação já acarretou aos cofres públicos um prejuízo de mais de R$ 1.700.000.

O nome da operação faz referência aos termos “deslealdade” e “traição”, em alusão à conduta pérfida da servidora em relação a sua instituição.

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