Investigações identificam outros três suspeitos de envolvimento no transporte de mais de R$ 20 milhões em crack

02/05/2022 08h35 Homens já tiveram as prisões temporárias decretadas pela Justiça e seguem foragidos. Carga com quase meia tonelada da droga foi apreendida na zona rural de Teodoro Sampaio (SP).
Por G1, Teodoro Samapaio (SP)
Investigações identificam outros três suspeitos de envolvimento no transporte de mais de R$ 20 milhões em crack Droga foi apreendida dentro de avião em Teodoro Sampaio (SP). (Foto: Polícia Civil)

A Polícia Civil do Estado de São Paulo já identificou os outros três suspeitos de envolvimento no transporte de quase meia tonelada de crack em um avião que havia sido apreendido na semana passada em Teodoro Sampaio (SP).

Eles já tiveram as prisões temporárias decretadas pelo Poder Judiciário, mas ainda seguem foragidos e terão os seus nomes incluídos na página de procurados da Polícia Civil do Estado de São Paulo.

De acordo com as informações divulgadas nesta sexta-feira (29) pelo 8º Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-8), com sede em Presidente Prudente (SP), foram realizadas nesta semana buscas domiciliares em seis endereços, quatro deles em Teodoro Sampaio e dois na cidade de Curitiba (PR). Segundo a polícia, foram apreendidos, durante essas diligências, documentos e objetos que reforçaram os indícios contra os suspeitos. Na casa do piloto do avião, na capital paranaense, foram apreendidas munições de calibre .380, o que o fará responder também pelo crime de posse ilegal dos objetos.

A apreensão do avião com a carga de 450 quilos de crack avaliada em mais de R$ 20 milhões ocorreu no dia 18 de abril, em Teodoro Sampaio, em uma operação conjunta realizada pelas polícias civis dos estados de São Paulo e do Paraná.

Na ocasião, o transporte da droga era feito com a participação de quatro homens, mas apenas um deles acabou preso em flagrante, enquanto os demais conseguiram fugir em meio a uma plantação de cana-de-açúcar.

A carga de droga estava dividida em 443 tabletes e foi localizada dentro de um avião agrícola, utilizado para aplicar veneno em lavouras.

Dos três foragidos, um é o piloto do avião e morador de Curitiba, no Paraná, enquanto os outros dois são de Teodoro Sampaio, em São Paulo, e auxiliavam na logística de abastecimento da aeronave e descarregamento e depósito da droga.

Todos os quatro suspeitos já identificados pelas investigações irão responder pelos crimes de tráfico interestadual de droga e associação para o tráfico.

A Polícia Civil paulista ainda irá comunicar a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para que adote as providências administrativas cabíveis em relação ao piloto do avião.

Pista de pouso

O delegado Ramon Euclides Guarnieri Pedrão, da Polícia Civil paulista, informou ao g1 que no dia 16 de abril a Polícia Civil do Paraná havia avisado aos policiais do Estado de São Paulo que tinha recebido informações de que uma pista de pouso rural nas proximidades de Teodoro Sampaio era utilizada por traficantes.

Conforme o delegado, antes do pouso da aeronave, veículos usados para transbordo da droga e que levavam combustível para abastecimento do avião transitavam pelo local para analisar se a área estava “segura”. Enquanto a carga era retirada e colocada nos veículos, o avião era reabastecido.

Com informações levantadas pelos policiais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), com sede em Presidente Prudente, as polícias dos dois estados planejaram uma ação conjunta.

Os policiais se infiltraram no meio de uma plantação de cana-de-açúcar na madrugada de 17 de abril, mas os veículos dos traficantes não passaram pelo local. A infiltração foi mantida pelos policiais e na manhã do dia seguinte as equipes flagraram o pouso da aeronave e o transbordo da droga.

O avião e um carro utilizado durante o crime foram apreendidos pelos policiais. O motorista de um veículo foi o único preso em flagrante no momento em que descarregava a droga da aeronave para o carro.

O piloto do avião é um dos três homens foragidos.

Segundo o delegado, a droga vinha com o transporte aéreo até aquela pista de pouso, onde era feito o transbordo para esse veículo terrestre, e depois levada para um local nas imediações. Ele esclareceu que a droga não era transportada até o seu destino final pelos homens que estavam no local porque o veículo não tinha qualquer preparo para a ocultação de grande quantidade de entorpecente e por não ser a forma usada pelo crime organizado para o deslocamento de uma carga valiosa como aquela.

“Com certeza eles iam levar até um local mais seguro e ali fazer os preparativos para que pudessem chegar até o destino final”, salientou Pedrão.

A droga foi encaminhada para a Deic, em Presidente Prudente, e as investigações seguem em andamento.

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