Caso Thalles: três semanas após brutal assassinato, Polícia Civil ainda não conseguiu descobrir paradeiro de pai e filho suspeitos

05/08/2025 10h02 Em nota enviada ao g1, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo alegou que detalhes das investigações "serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial". Justiça já determinou a prisão temporária e a internação provisória dos envolvidos.
Por: g1, Presidente Prudente - SP
Caso Thalles: três semanas após brutal assassinato, Polícia Civil ainda não conseguiu descobrir paradeiro de pai e filho suspeitos Caso está nas mãos da 3ª Delegacia de Homicídios, em Presidente Prudente (SP) — Foto: Arquivo/g1

Nesta segunda-feira (4), o brutal assassinato que vitimou o frentista Thalles Henrique de Souza Santos, no Jardim Vale do Sol, em Presidente Prudente (SP), completou três semanas e a Polícia Civil ainda não conseguiu localizar os suspeitos, pai e filho, que são considerados foragidos.

Em nota oficial enviada ao g1, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) disse que:

"O caso é investigado por meio de inquérito policial instaurado pela 3ª Delegacia de Homicídios, da Deic [Divisão Especializada de Investigações Criminais] de Presidente Prudente. As equipes da unidade seguem empenhadas em diligências para localização dos suspeitos e esclarecimento dos fatos. Detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial".

Segundo a Polícia Civil, a Justiça já determinou a prisão temporária do pai, de 51 anos, e a internação provisória do filho, de 17 anos.

O caso

Thalles, de 19 anos, morava com sua esposa, Lisley Evellyn Cares Galvão, de 23 anos, que presenciou o crime registrado no dia 14 de julho como homicídio triplamente qualificado, no Jardim Vale do Sol, em Presidente Prudente.

Em entrevista exclusiva ao g1, a viúva compartilhou como tem enfrentado o falecimento do marido e desabafou: “As coisas que eu vi não vão sair nunca da minha cabeça”.

“[…] Foi muita crueldade, muita covardia. E o que a gente quer é justiça, que achem eles, porque não tem mais, assim, nem palavras, sabe? Tanto que a dor, tamanha dor que está”, disse Lisley ao g1.

No dia do assassinato, o dono da residência e o filho chegaram ao local para consertar um encanamento de água que estava com vazamento.

No entanto, conforme o Boletim de Ocorrência, o inquilino informou aos suspeitos que ele e a esposa estavam de saída para trabalhar, respectivamente, como frentista e assistente de vendas.

Em resposta, o locador disse para o casal deixar a residência aberta, entretanto, o inquilino não concordou e propôs que a manutenção fosse combinada para um dia de folga dos moradores.

Na ocasião, a vítima e o locador iniciaram uma discussão e, armado com uma enxada, o dono do imóvel golpeou Thalles na cabeça.

O inquilino caiu no chão e agarrou-se ao agressor, que ficou embaixo de Thalles.

O filho do proprietário, então, armou-se com uma ferramenta pontiaguda de ferro com cabo de madeira e desferiu três golpes nas costas de Thalles.

Em seguida, ainda segundo os policiais, os envolvidos fugiram do local e não foram encontrados pelos policiais.

Investigações

De acordo com a Polícia Civil, o que dificulta a localização dos envolvidos são, "por ora, as ausências de parâmetros para pesquisas imediatas".

Segundo os policiais, o pai é dono de diversos imóveis alugados em Presidente Prudente e em outras cidades da região, enquanto o filho mora com familiares.

Ao g1, a Polícia Civil confirmou que chegou a ser contatada por um advogado dos suspeitos, mas ambos ainda seguem foragidos.

“Estão sendo adotadas todas as providências legais para a conclusão do processado o mais rápido possível”, pontuou.

Ainda, foi solicitado o apoio policial de estados vizinhos para tentar localizar o pai e o filho foragidos.

O delegado responsável pelas investigações, Claudinei Alves, disse ao g1 que os suspeitos estão escondidos e abrigados em endereços de parentes e amigos, o que dificulta a localização por parte da Polícia Civil.

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