Assassinato de mulher diante do filho, em 2019, vai a júri popular nesta quarta (24) em Adamantina

24/11/2021 06h15 Crime foi cometido pelo ex-companheiro da vítima, no Parque Universitário, em 2019, em Adamantina.
Por : Sigamais, Adamantina (SP)
Assassinato de mulher diante do filho, em 2019, vai a júri popular nesta quarta (24) em Adamantina Mara Jacqueline Flor dos Santos foi morta pelo ex-companheiro diante do filho (Reprodução/Facebook).

Nesta quarta-feira (24), Jorge Marcelo Barreto e Rafael da Silva Firmino vão ser julgados em júri popular pelo assassinato de Mara Jacqueline Flor dos Santos, ocorrido na noite do dia 10 de setembro de 2019, no Parque Universitário, em Adamantina. A sessão do tribunal do júri terá início às 9h, no Fórum da Comarca de Adamantina.

A mulher foi morta diante do próprio filho, com um golpe de canivete na altura do pescoço, pelo réu Jorge Marcelo Barreto, ex-companheiro da vítima. Diante do júri ele vai ser julgado pelos crimes de homicídio qualificado – por motivo fútil, mediante surpresa que dificultou a defesa da vítima – e contra mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio). 

Outro rapaz também será levado a júri, por ter fornecido o transporte para o colega antes e depois do assassinato. “Rafael da Silva Firmino (partícipe),  concorreu, de qualquer modo, ajustando e auxiliando, mediante fornecimento de transporte, para que Jorge Marcelo Barreto matasse Mara Jacqueline Flor dos Santos, sua ex-companheira, mediante golpes com faca/canivete, produzindo nela os ferimentos descritos no laudo necroscópico, que foram a causa determinante de sua morte”, narra a sentença de pronúncia.

Relembre

Conforme dados públicos disponíveis no Processo 1501385-93.2019.8.26.0081, Mara Jacqueline Flor dos Santos foi morta pelo ex-companheiro, Jorge Marcelo Barreto, com um golpe de canivete na altura do pescoço, no Parque Universitário, em Adamantina. O crime foi no dia 10 de setembro de 2019.

Na ocasião, o homem enviou uma mensagem à vítima, pedindo documento do filho dela. Ele havia assumido a paternidade da criança e com o fim da relação alegou que tinha a intenção de tirar seu nome do registro de nascimento, pois não queria manter esse vínculo.

Com essa motivação – conforme os dados públicos – combinou com a vítima de encontrá-la em uma esquina da rua. Ele foi até o local levado pelo amigo Rafael da Silva Firmino, que nos autos foi indiciado e também responsabilizado pelo crime, sendo atribuída coparticipação no assassinato.

Após o combinado – porém com medo e temendo alguma reação de violência por parte do rapaz – a irmã da vítima se dispôs a levar a certidão de nascimento até ele, e assim o fez. Depois, a irmão retornou para casa.

Depois disso o homem mandou outra mensagem à vítima, dizendo que ela poderia buscar o documento, no mesmo local. Novamente a irmã retornou ao mesmo ponto de encontro, momento em que o rapaz foi até a casa e esfaqueou a vítima.

Conforme declaração de testemunha nos autos, o agressor chegou na varanda da casa e pediu à ex-companheira para pegar a criança no colo, que foi entregue a ele.

Foi quando o agressor devolveu o filho e em seguida atingiu a mulher com o canivete, na altura do pescoço, fugindo em seguida. Ferida, a vítima conseguiu entrar na casa e colocar a criança no carrinho, caindo em seguida na cozinha, onde permaneceu até a chegada da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

Ao chegar no local a equipe do Corpo de Bombeiros encontrou a mulher já sem os sinais vitais, caída no cômodo, com o corte no pescoço e intenso sangramento. Ela foi removida ao pronto-socorro da Santa Casa de Adamantina, onde foi confirmado o óbito.

O corpo de Mara Jaqueline Flor dos Santos foi velado e sepultado em Mariápolis.

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