Setembro Amarelo é o mês da campanha de prevenção ao suicídio no Brasil

16/09/2024 09h15 O assunto recebe uma atenção especial neste mês desde 2015.
Redação: Wilson Bettiol, Osvaldo Cruz - SP
Setembro Amarelo é o mês da campanha de prevenção ao suicídio no Brasil .

Estamos no mês de setembro que é dedicado a campanha de conscientização sobre a importância da prevenção ao suicídio.

O Setembro Amarelo surgiu com a ideia de quebrar tabus e estimular as pessoas a buscarem ajuda profissional para a cura de seus problemas.

A campanha começou em 2015 e desde então esse movimento vem crescendo ano a ano, mostrando para as pessoas que o problema tem cura.

A reportagem do Portal Metrópole de Notícias fez uma matéria especial com o médico com especialização em psiquiatria Dr. Marcelo Cabrini de Campos. “Setembro é o mês que a gente faz a campanha de prevenção ao suicídio. No Brasil essa campanha foi iniciada em 2015 e que tem como objetivo a conscientização da população sobre a realidade do suicídio e mostrar que existe a prevenção. O Brasil é o oitavo país do mundo em número de suicídios, uma posição elevada e preocupante, por isso é muito importante fazer essa campanha. Existem alguns sinais de alerta em que devemos estar sempre atentos, principalmente com pessoas que tem transtornos mentais, não só depressão, mas também ansiedade, abuso de substâncias como álcool, droga, pessoas que sofreram abusos na infância, que tem um histórico de família como algum parente que já tentou ou cometeu suicídio, pessoas que sofrem discriminação, que passam por problemas legais ou financeiros, são essas pessoas que a gente tem que estar mais atento. Quando a pessoa começa a usar certas expressões verbais como ‘Eu gostaria de morrer’, ‘Eu não aguento mais’, ‘O mundo seria melhor sem mim’, ‘Eu sou um dardo para minha família’, ‘Eu não vejo saída pra mim’, estas frases são sempre sinais de alerta.”, disse.

De acordo com o médico, quando a pessoa começa se isolar muito, apresentar mudança de comportamento, principalmente os familiares precisam ficar atentos. “Quando a pessoa mudança de rotina, começa a abandonar os cuidados pessoais, a dormir em excesso ou ter insônia, começa a perder o prazer pra coisas que antes eram prazerosas pra ela, faltas no trabalho, na escola, são todos sinais de alerta que os familiares devem ficar atentos.”.

Segundo o entrevistado, logo após um grande abalo, um grande desgosto, pode vir também um estado de depressão. “A perda por exemplo de um ente querido, perda de emprego, fim de uma relação, tudo pode contribuir para o estado de depressão que é o maior fator de contribuição ao suicídio. E como cuidar desse problema quando a pessoa está com essa doença? Primeiro é o comportamento dos familiares em não negligenciar o sofrimento da pessoa, pois isso é grave e ao contrário de alguns dizeres populares, não é frescura, os transtornos existem, são problemas médicos e precisam de tratamento. Uma das formas de tratamento é através do convencimento da pessoa de que ela deve procurar ajuda e que existem tratamentos que vão devolver a sua qualidade de vida através de terapias, medicamentos e outros. Médicos, Psicólogos, Psiquiatras, todos estão aí para ajudar quem mergulhou ou começou a cair no problema da depressão, da ansiedade e outras. Um outro ponto importante é com relação a pessoa que já manifesta vontade de cometer o suicídio, que nunca deve ficar sozinha. Hoje existem muitos medicamentos que ajudam no tratamento das comorbidades, dos transtornos que levam a pessoa a tentar o suicídio, tem medicamentos que tratam depressão, ansiedade, stress agudo, ou seja, a medicina hoje tem bastante recursos. Essas doenças, num primeiro momento, devemos tratar para conseguir o controle, estabilizar o paciente e em muitos casos chega-se à cura.”, finalizou o médico com especialização em psiquiatria Dr. Marcelo Cabrini de Campos.

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