A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (2) uma operação contra uma organização criminosa acusada de promover ataques cibernéticos a deputados federais que apoiaram um projeto que qualifica o aborto a partir de 22 semanas como homicídio, mesmo em casos de estupro.
Segundo as investigações, parlamentares como Bia Kicis (PL-DF), Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Paulo Bilynskyj (PL-SP) tiveram seus sites e sistemas afetados por instabilidades causadas pelos ataques. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo e Curitiba, com apoio de cooperação jurídica internacional.
O projeto de lei, que gerou intenso debate em 2024, previa a equiparação do aborto tardio a homicídio, com pena de seis a 20 anos para a gestante e para quem a auxiliasse. A tramitação acelerada foi suspensa pelo então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após forte pressão popular.
A ação da PF mira coibir crimes digitais que prejudicam a atuação legislativa e a comunicação institucional dos parlamentares.