Gatil Municipal de Osvaldo Cruz: vereadora denuncia corte de acesso de Ong´s e prefeitura rebate acusações

28/07/2025 17h48 A administração do Gatil Municipal de Osvaldo Cruz tem sido alvo de polêmica nesta semana, após a vereadora Carolina Castilho Rossi, conhecida como Carol Rossi, denunciar publicamente restrições ao seu acesso ao local.
Da Redação - Márcio Dragonetti, Osvaldo Cruz|SP
Gatil Municipal de Osvaldo Cruz: vereadora denuncia corte de acesso de Ong´s e prefeitura rebate acusações .

A administração do Gatil Municipal de Osvaldo Cruz tem sido alvo de polêmica nesta semana, após a vereadora Carolina Castilho Rossi, conhecida como Carol Rossi, denunciar publicamente restrições ao seu acesso ao local. Voluntária no abrigo há 11 anos por meio da ONG 9 Vidas, a parlamentar afirmou que foi surpreendida com a troca de cadeados da unidade e que não houve qualquer aviso ou diálogo prévio por parte da Prefeitura.

Segundo Carol Rossi, além de ser impedida de entrar, a administração municipal retirou placas de sinalização e as câmeras de segurança que haviam sido instaladas por ela mesma. “Tiraram minhas câmeras na surdina, sem comunicação. E colocaram outras. Isso eu até apoio, pois cobrei muito por segurança no local, mas não justifica fazer dessa forma”, disse a vereadora.

Ela também relatou que tentou contato com representantes da Prefeitura no momento em que teve seu acesso negado, mas não obteve resposta. “Quero uma satisfação. Não por mim, mas pelos animais. A prefeitura deve, sim, assumir o espaço. Mas isso não justifica a forma com que tudo está sendo feito”, declarou.

A vereadora demonstrou preocupação com o bem-estar dos gatos, muitos dos quais estão em tratamento contínuo, com dietas específicas e medicamentos que, segundo ela, estão dentro do gatil. “Quem conhece os que precisam de sachê todos os dias? Os que tomam remédio? Meus medicamentos estão lá dentro. Ou já jogaram tudo fora?”, questionou.

Carol também cobrou transparência quanto ao destino de insumos doados ao longo dos anos, como agulhas, medicamentos e utensílios. “São 11 anos de doações. Tudo listado. Até a placa que estava na entrada foi retirada. Eu só quero saber: o que fizeram com tudo isso?”, indagou. 

Em resposta às declarações, a Prefeitura de Osvaldo Cruz divulgou posicionamento classificando as acusações da vereadora como “inverídicas”. Segundo um representante do setor responsável, Carol teria sido avisada previamente sobre as mudanças, inclusive por ligação direta. “Ela foi comunicada por mim. Fica difícil aceitar que venha agora dizer que não sabia”, afirmou Jael Decijim, da Vigilância Epidemiológica. 

A diretora informou ainda que o gatil passa por um processo de reestruturação, com implementação de novas regras de funcionamento, critérios para voluntariado e melhorias gerais no espaço. “Estamos planejando melhorias. Haverá normas claras e responsáveis para o uso e acesso ao espaço”, destacou o servidor.

Sobre a atuação da equipe no local, a Prefeitura demonstrou apoio aos profissionais e repudiou as críticas feitas nas redes sociais. “Estamos com uma equipe que eu posso confiar. Não merecemos esse tipo de retaliação pública, ainda mais quando estamos desempenhando um trabalho sério, com competência”, afirmou.

A gestão também destacou que os procedimentos de castração foram retomados em abril e que foi disponibilizada à vereadora uma agenda fixa para atuação voluntária às terças-feiras.

 Em tom de desabafo, a nota finalizou com um pedido de responsabilidade nas declarações públicas, ressaltando o impacto emocional causado nos profissionais do setor. “Pedimos mais cuidado ao compartilhar informações que não condizem com a verdade. A equipe não está ali para brincar. É um trabalho sério feito em nome do bem-estar animal.”

A Prefeitura encerrou a nota reforçando que o foco deve continuar sendo o avanço das políticas públicas para proteção animal, com organização, responsabilidade e respeito entre todas as partes envolvidas.

 

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