A equipe do Corpo de Bombeiros de Osvaldo Cruz formada pelo SubTenente Faco, Cabo Talita e Soldado Ana Paula fez um trabalho de resgate de animais silvestres numa residência da Rua 15 de Novembro.
Um cão acabou matando uma femea de gambá e dois filhotinhos dela, restando oito gambazinhos recém-nascidos, que foram recolhidos e adotados temporariamente pela Cb Talita.
A reportagem da Metrópole ouviu a profissional da Estação de Bombeiros de Osvaldo Cruz, que falou da necessidade de preservar uma espécie tão importante para o meio ambiente.
“Eu sou a Cabo Talita , trabalho aqui na Estação de Bombeiros de Osvaldo Cruz e no começo da noite de quarta-feira(03) , encontramos essa ocorrência onde a mãe dos animais foi morta por um cachorro e ficaram oito filhotinhos ainda lactantes e em situação de vulnerabilidade.
No Corpo de Bombeiros, uma das missões da corporação é a preservação da vida, dos animais, de animais em situação de risco, onde se enquadra o caso dos gambazinhos.
Acontece que nós não temos recursos em nossa microrregião que faz esse tipo de trabalho.
Temos sim, através da Polícia Ambiental, um local que faz o acolhimento , mas sempre muito lotada porque é enorme a demanda .
Então a gente normalmente resgata esses animais e faz a soltura na natureza, mas nesse caso eles estão muito novos”, disse a Cabo Talita.
A profissional disse que ficará com os oito filhotes por uns 15 dias, alimentando-os e protegendo-os , e depois eles serão reintegrados a natureza.
Os filhotes deverão ser depois devolvidos a natureza em um local longe da cidade para que eles tenham uma vida normal silvestre.
Talita contou também que eles se alimentam de escorpiões, aranhas, cobras e por isso fazem um grande trabalho em prol da humanidade.
Segundo ela os gambás não transmitem doenças como muitas pessoas temem.
Quando na fase adulta os gambás se apresentam de forma mais agressiva quando acuados, mas trata-se de uma defesa natural deles.
Eles sozinhos não atacam as pessoas e a reação mostrando os dentes quando ameaçados é apenas uma forma de defesa.
Em uma situação dessas a pessoa deve ligar 193 que o Corpo de Bombeiros vai ao local e faz a captura do animal , soltando-o na natureza.
“Eles são dóceis porque ainda são bebês e neste período são mantidos todos juntos em local quente , são alimentados , mas com pouco contacto humano porque eles não podem ser domesticados, são animais silvestres protegidos por leis.
Eu só pego esses filhotinhos para alimentá-los , sem muito contacto humano e são alimentados com uma espécie de leite sem lactose.
Quando eles começam a comer verduras e frutas, aí já é hora de serem devolvidos em seu habitat natural”, disse a Cabo Talita.