Brasil tem primeira noite sem medalhas, mas de sucesso no vôlei

24/07/2021 08h58 Brasil estreia bem tanto na quadra quanto na praia, mas fica sem medalhas nas chances que teve no primeiro dia.
Por Globo Esporte, Japão
Brasil tem primeira noite sem medalhas, mas de sucesso no vôlei (Foto: Tóquio 2020 / Divulgação)

O Brasil encerrou a primeira madrugada olímpica recheada de modalidades com alguns bons resultados, mas sem conseguir conquistar nenhuma medalha e também com algumas derrotas duras na bagagem.

O grande destaque positivo fica pelo lado do vôlei, que tanto na quadra quanto na praia, venceu seus jogos com autoridade sem perder sets, apesar de algum nervosismo no começo das partidas que deu certa emoção.

Por outro lado, nas três chances que tinha de medalha (tiro, judô e esgrima) a delegação brasileira não conseguiu fazer frente aos adversários e não chegou a disputar de fato uma vaga no pódio. Confira tudo que rolou na madrugada:

Nada de medalha

A delegação brasileira começou a noite com expectativa de brigar por duas medalhas logo de cara: na pistola de ar 10m, com Felipe Wu, medalhista de prata na Rio 2016, e na espada da esgrima, com a campeã mundial Nathalie Moellhausen.

Quem competiu primeiro foi a esgrimista, que não deu muita sorte no sorteio e logo de cara pegou a atual vice-campeã olímpica, Rossella Fiamingo. Nathalie viu a adversária abrir 9 a 7 a pouco mais de um minuto para o fim, mas reagiu e conseguiu o empate. Porém, no golden score, acabou sofrendo a primeira pontuação e foi eliminada.

Mais tarde, foi a vez de Felipe Wu competir na qualificatória. Mas após um ciclo olímpico atrapalhado por lesão, Felipe não esteve em seu melhor nível e terminou apenas na 32ª colocação entre os 36 competidores e sem vaga entre os 8 que avançaram à final.

Douglas decisivo

Não só de brilho nas redes sociais vive Douglas Souza, muito pelo contrário. O ponteiro brasileiro é um excelente jogador, muito importante no elenco da seleção masculina de vôlei e mostrou isso mais uma vez na vitória por 3 a 0 sobre a Tunísia nas estreia das Olimpíadas.

Depois de um começo de jogo complicado para o Brasil, em que o ponteiro Yoandy Leal não se apresentou muito bem, Renan Dal Zotto sacou Douglas do banco no fim do segundo set e o camisa 14 mudou o jogo. Douglas qualificou o passe, facilitou a vida de Bruninho e ajudou a Seleção a vencer o último período sem sustos, fazendo inclusive o último ponto.

Ganhar é bom, mas ganhar da Argentina é muito melhor

No vôlei de praia, o sorteio nos proporcionou dois duelos de Brasil contra Argentina. Alison e Álvaro Filho encararam Azaad e Capogrosso, abrindo o torneio da modalidade. Apesar de alguns erros por nervosismo, o que é natural em uma estreia, os brasileiros venceram por 2 a 0, 21/16 e 21/17.

Agatha e Duda completaram a dobradinha na sequência, enfrentando Gallay e Pereyra, também da Argentina. E o resultado foi o mesmo. Depois de um primeiro set nervoso das brasileiras, o jogo encaixou no segundo para um vitória tranquila por 2 a 0, 21/19 e 21/11.

Bom começo

Luisa Stefani e Laura Pigossi começaram o torneio feminino de duplas do tênis com o pé direito. Enfrentando a dupla cabeça de chave número sete, formada pelas canadenses Gabriela Dabrowski e Sharon Fichman, e venceu por 2 sets a 0, 7/6 e 6/4.

Classificadas para as Olimpíadas na última oportunidade, as brasileiras fizeram um grande jogo e mostraram uma boa química construída em muito pouco tempo de preparação para competir em Tóquio.

"Super feliz com a estreia. Ótimo jogo, não era uma primeira rodada fácil e demos conta do recado, chegamos firmes com o nosso jogo, confiantes, felizes em quadra, uma ajudando a outra, puxando energia boa", destacou Stefani.

Zanetti na briga pela terceira medalha

Arthur Zanetti segue sonhando em se tornar o primeiro a conquistar três medalhas em Olimpíadas consecutivas em um mesmo aparelho. Após uma apresentação exuberante na classificação, o campeão olímpico de 2012 e garantiu em mais uma final das argolas e vai tentar buscar mais uma medalha para somar ao ouro e a prata que já tem.

Quem também foi muito bem foi Caio Souza, que arrancou uma média de 14,700 no salto e pode se garantir na decisão tanto do aparelho quanto do individual geral. Para isso, precisa aguardar os resultados da última subdivisão das qualificatórias, que acontece às 7h (de Brasília) deste sábado.

Queda de Nory

Arthur Nory chegou à Tóquio como uma das principais esperanças de medalha na ginástica, tanto na barra fixa quanto no solo, aparelho em que ele ganhou o bronze em 2016. Porém os resultados do brasileiro deixaram ele de fora das finais de ambos.

Nory cometeu alguns erros de execução na barra, aparelho em que é o atual campeão mundial, e acabou ficando fora do top 8 e sem vaga na decisão. Pouco depois, ainda abalado, foi competir no solo e caiu sentado na hora da finalização. Nota baixa e novamente fora da final.

Nem cavalo aguenta

Na terra do sol nascente, segue o panorama de um sol para cada um. O calor na capital japonesa é tão forte, que o cavalo do brasileiro Carlos Parro ganhou um ventilador exclusivo para se refrescar durante os treinos do hipismo.

Já é parça

Na reta final de preparação para a competição do skate street feminino, a fadinha Rayssa Leal já virou mais que amiga, friend, de ninguém menos que Tony Hawk, a lenda do skate americano.

Porém as muitas faltas duras e exclusões de dois minutos da Seleção abriram espaço para uma reação dos europeus no segundo tempo, que fecharam o confronto em 27 x 24. O Brasil joga novamente contra a França, no domingo, às 21h.

Quase deu

A primeira modalidade da noite para as equipes brasileiras foi o handebol masculino. A equipe verde e amarela estreou contra ninguém menos que a Noruega, uma das favoritas ao pódio. O Brasil começou muito bem na marcação, dificultando a vida dos noruegueses e abrindo vantagem de quatro gols.

Porém as muitas faltas duras e exclusões de dois minutos da Seleção abriram espaço para uma reação dos europeus no segundo tempo, que fecharam o confronto em 27 x 24. O Brasil joga novamente contra a França, no domingo, às 21h.

Dureza

No judô, Gabriela Chibana e Eric Takabatake começaram muito bem, vencendo suas primeiras lutas por ippon. Chibana aplicou um belo golpe na atleta do Malauí em apenas 14 segundos, enquanto Takabatake sofreu um pouco mais para vencer o laosiano.

Porém os dois tiveram um cruzamento muito duro na segunda rodada. Gabriela encarou a número 1 da categoria, Distria Krasniqi do Kosovo, e sofreu o ippon no começo do duelo. Eric fez frente ao sul-coreano Kim Won-jin, levou o confronto para o golden score, quase conseguiu o ponto que daria a vitória, mas acabou derrotado no fim.

Primeiro ouro

A primeira medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Tóquio ficou com a China. Qian Yang venceu a final do tiro esportivo na carabina à distância de 10m feminino e, de quebra, ainda bateu o recorde olímpico da prova.

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