A vitória de José Antonio Kast na eleição presidencial do Chile, neste domingo (14), reforçou o equilíbrio político entre direita e esquerda na América do Sul. O candidato conservador venceu o pleito com mais de 58% dos votos, segundo o Serviço Eleitoral do Chile (Servel), derrotando a candidata de esquerda Jeanette Jara.
Com o resultado, a direita passa a governar seis dos 12 países sul-americanos, igualando-se ao número de governos de esquerda no continente. O cenário consolida um momento de divisão ideológica, especialmente após o Uruguai retornar ao campo progressista com a vitória de Yamandú Orsi, que assume em março de 2025.
Especialistas apontam que a região vive um ciclo de alternância política. Após o predomínio da esquerda no início dos anos 2000, durante a chamada “onda rosa”, impulsionada pelo boom das commodities, governos conservadores voltaram a ganhar espaço a partir da década de 2010, em meio ao esgotamento econômico e à crescente polarização.
Segundo analistas, a atual divisão reflete não apenas disputas internas, mas também uma tendência global de fortalecimento da direita, observada anteriormente na Europa e nos Estados Unidos. Atualmente, a América do Sul volta a um cenário de equilíbrio, com seis países governados pela direita e seis pela esquerda, evidenciando um continente politicamente dividido e instável.