A Rússia lançou um novo ataque massivo à Ucrânia na madrugada desta quarta-feira (22), utilizando mais de 400 mísseis e drones. Segundo autoridades ucranianas, sete pessoas morreram, incluindo duas crianças, e dezenas ficaram feridas. Entre os alvos atingidos está um jardim de infância em Kharkiv, onde cinco crianças foram hospitalizadas, todas em estado de choque.
O ataque ocorreu poucas horas após a Casa Branca e o Kremlin suspenderem um possível encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin para discutir o fim da guerra, que completará quatro anos em fevereiro.
O bombardeio atingiu diversas regiões do país, incluindo Kiev, Kharkiv, Sumy, Odessa, Chernigov, Dnipro, Quirivogrado, Poltava, Veneza, Zaporizhzhia e Chercássi, provocando cortes de energia generalizados. Segundo o Exército ucraniano, 405 drones e 28 mísseis foram lançados, sendo que 333 drones e 16 mísseis foram interceptados pelas defesas aéreas.
O presidente Volodymyr Zelensky classificou o ataque como “uma cusparada na cara de todos que defendem a paz” e pediu novas sanções à Rússia. “Cidades comuns ficaram sob fogo, principalmente nossa infraestrutura energética, mas muitos edifícios residenciais também foram atingidos. Um jardim de infância em Kharkiv foi atacado sem qualquer justificativa”, disse Zelensky.
O governo russo confirmou o bombardeio, alegando que os alvos eram instalações energéticas ligadas ao complexo militar-industrial ucraniano e que os ataques utilizaram armamentos de alta precisão, mísseis hipersônicos e drones.
Além das vítimas em Kharkiv, duas pessoas morreram em Kiev, e quatro em regiões próximas à capital, incluindo duas crianças. Incêndios foram registrados em diversos bairros da cidade. Em Sumy, nove pessoas ficaram feridas após ataque a um ponto movimentado, e na região de Zaporizhzhia, 13 pessoas se feriram.
O Ministério da Energia ucraniano informou que a infraestrutura energética do país foi atingida novamente, provocando cortes de energia em grande parte do território. Em resposta, o Exército da Ucrânia atacou instalações na Rússia, incluindo uma fábrica de armas na Mordóvia e uma refinaria no Daguestão.
Desde o início da invasão russa em 2022, instalações energéticas ucranianas têm sido alvo constante, em uma ofensiva considerada estratégica antes do inverno.