Israel anunciou nesta terça-feira (16) o início de uma ampla ofensiva terrestre na Cidade de Gaza, considerada pelo governo de Benjamin Netanyahu o último reduto do grupo Hamas na Faixa de Gaza. Militares israelenses afirmam que estão avançando em direção ao centro da cidade e que estão preparados para manter as operações pelo tempo necessário para derrotar o grupo e libertar reféns.
Nos últimos meses, Israel realizou um cerco à cidade com bombardeios diários e destruição de dezenas de arranha-céus que, segundo o governo, eram usados pelo Hamas. A ofensiva terrestre começou após ataques aéreos noturnos e evacuação de milhares de moradores; estima-se que 40% da população já se deslocou para o sul de Gaza.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ex-presidente Donald Trump apoiaram a operação, enquanto a ONU repudiou o ataque, classificando-o como destruição indiscriminada e solicitando a proteção de civis, incluindo crianças.
A ofensiva ocorre no contexto da guerra entre Israel e Hamas, iniciada em outubro de 2023 após ataques do grupo que mataram mais de 1,2 mil pessoas em Israel. Desde então, a resposta israelense já deixou mais de 63 mil palestinos mortos, em sua maioria civis, segundo autoridades locais de saúde.