O furacão Melissa tocou o solo de Cuba na madrugada desta quarta-feira (29), um dia depois de devastar a Jamaica como um dos furacões mais fortes do Atlântico já registrados. Apesar de ter perdido força e caído para a categoria 3, o fenômeno atingiu a província de Santiago de Cuba com ventos de até 195 km/h, provocando risco de marés de tempestade, inundações e deslizamentos de terra.
Cerca de 735 mil pessoas foram evacuadas em Cuba, onde alertas de furacão estavam ativos para as províncias de Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo, Holguín e Las Tunas. A tempestade deve avançar ainda nesta quarta-feira em direção às Bahamas, com alerta também para Bermudas.
Na Jamaica, Melissa atingiu a ilha como um furacão de categoria 5, com ventos de até 295 km/h, provocando danos significativos a hospitais, residências, comércios e infraestrutura viária. Mais de 500 mil pessoas ficaram sem energia elétrica, e pelo menos 1,5 milhão de pessoas foram afetadas. Embora não haja mortes confirmadas, autoridades locais esperam que o furacão tenha causado algumas vítimas.
O presidente cubano Miguel Díaz-Canel destacou que o governo mobilizou todos os recursos para proteger a população e alertou para que ninguém subestime a força de Melissa, considerado o furacão mais intenso a atingir Cuba.
Segundo meteorologistas, Melissa é o terceiro furacão mais intenso registrado no Caribe, atrás apenas de Wilma (2005) e Gilbert (1988), e representa uma das maiores tempestades a atingir a região em décadas.