Polícia registra 15 mortes nas rodovias da região no 1º quadrimestre de 2023

02/06/2023 08h27 Levantamento do policiamento rodoviário indica queda nos índices de acidentes e vítimas em relação ao mesmo período de 2022; capitão da 2ª Companhia fala sobre cenário do trânsito no oeste paulista
Por O Imparcial, Região
Polícia registra 15 mortes nas rodovias da região no 1º quadrimestre de 2023 (Foto: O Imparcial)

Ao todo, 15 pessoas perderam suas vidas em acidentes de trânsito nas rodovias do oeste paulista no quatros primeiros meses de 2023. Após solicitação da reportagem de O Imparcial, a Polícia Militar Rodoviária encaminhou as estatísticas relacionadas aos atendimentos a sinistros e vítimas de trânsito na área de cobertura da 2° Companhia de Polícia Rodoviária de Presidente Prudente, que abrange cerca de 1,5 mil quilômetros de rodovias e estradas, em um total de 55 municípios da região.

O número de vítimas fatais no primeiro quadrimestre deste ano é 56% menor do que no mesmo período de 2022, quando 34 pessoas morreram em acidentes na região de Presidente Prudente. Por sinal, houve queda em todos os indicadores. Confira nas tabelas abaixo o comparativo entre os períodos de 2022 e 2023:

Principais causas

O capitão da 2ª Companhia de Policiamento Rodoviário de Presidente Prudente, Daniel Martins, indica que as principais causas dos acidentes de trânsito nas rodovias da região continuam relacionadas à imprudência dos condutores. “90% dos acidentes estão relacionados à imprudência dos condutores”, inicia. O policial rodoviário detalha percentualmente os tipos de veículos associados aos sinistros em 2023: “Para se ter uma ideia, a maioria destes acidentes, 57%, são com veículos quatro rodas, 22% são envolvendo caminhões e 17% motocicletas”, acrescenta Martins, o qual indica que este percentual não foge à regra dos anos anteriores.

Segundo ele, 27% dos acidentes com vítimas fatais ocorreram por colisões frontais. “Quando a gente fala de colisão frontal, isso está associado ao desrespeito às sinalizações existentes nas vias e também ao excesso de velocidade”, indica o policial.

Conforme o capitão da 2ª Cia, de todos os acidentes em 2022 e 2023 até o momento, 11% dos condutores estavam sob influência de bebida alcoólica.

Raposo Tavares

A maior incidência de acidentes de trânsito no oeste paulista tem como palco a Rodovia Raposo Tavares (SP-270). Conforme Daniel Martins, o trecho mais perigoso da via é na zona urbana de Presidente Prudente. “Este trecho vai do km 560 até o km 572. São 12 quilômetros aproximadamente em que este trecho estatisticamente apresenta a maior quantidade de sinistros. Isso se deve às características urbanas. Muitos utilizam a Raposo Tavares como uma grande avenida”, relata Martins, que também pontua que a 2ª Cia deverá apresentar à Cart Concessionária de Rodovias e à Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), nos próximos dias, uma proposta para tornar o trecho urbano da SP-270 mais seguro.

Daniel relata que, para além da Raposo, o trecho da Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), em Pirapozinho, também apresenta um alto número de acidentes.

“Conduta consciente"

Aproveitando o ensejo do Movimento Maio Amarelo, criado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária em 2014, no intuito de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortos e feridos no trânsito em todo o mundo, o capitão Daniel Martins relata que a principal recomendação para se salvar vidas no trânsito é a consciência do motorista na condução de seu veículo. “A recomendação que nós damos aos motoristas é dirigir com muita prudência, cautela e atenção”, pontua o capitão.

Para ele, a fiscalização da Polícia Rodoviária é apenas um pilar para um trânsito mais seguro. “A educação no trânsito é fundamental. Seria prepotente da minha parte dizer que apenas a atuação da corporação resulta na queda de acidentes. Campanhas por meio da mídia, palestras em escolas e toda engenharia de trânsito voltada para uma visão de zero acidentes de trânsito contribuem para a mitigação desta problemática”, indica Martins.

“Por exemplo, ainda há uma falsa percepção de que o radar fixo ou a operação de um radar na rodovia tem por objetivo apenas o cunho arrecadatório. Na verdade, o radar faz a diferença na questão de velocidade. É um instrumento fundamental para redução de velocidade em pontos de alta incidência de sinistros. A nossa recomendação é que, independente do radar ou da viatura, os motoristas tenham consciência em sua conduta”, observa o capitão da 2ª Companhia de Policiamento Rodoviário de Presidente Prudente, Daniel Martins

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