Ninguém fala no Osvaldo Cruz. Essa foi a decisão tomada pelo clube nesta quinta-feira (16), depois do quarto jogo sem vitória e às vésperas do dérbi regional contra o Grêmio Prudente no Campeonato Paulista da Segunda Divisão – quarto patamar estadual.
A decisão de adotar o silêncio total foi sacramentada em uma reunião interna, realizada menos de 20 horas depois da derrota por 3 a 2 para o Vocem, em casa. O Azulão volta a campo no domingo (19), pela antepenúltima rodada da primeira fase.
"Não haverá entrevistas até o jogo contra o Grêmio Prudente. Nem com jogadores, nem com comissão técnica, nem diretoria", informou a assessoria osvaldo-cruzense, em comunicado à imprensa.
Antes disso, as entrevistas eram disponibilizadas normalmente pela assessoria e, na maioria das vezes, foram enviadas um dia depois das partidas. O acesso aos treinos também era liberado, mediante agendamento prévio.
A assessoria chegou a informar, na manhã desta quinta, que o técnico Marcelo Dias não concederia entrevistas até o duelo contra o Grêmio, mas que o auxiliar Samuel Almeida deveria falar. Marcelo está suspenso. Ele pegou três jogos de gancho por conta da expulsão na segunda rodada, diante do Vocem, fora. Falta cumprir um.
Fase complicada
Nos últimos quatro compromissos, o Azulão perdeu três e empatou um. Nervosismo refletido em três cartões vermelhos a atletas. Sofreu oito gols neste período, uma média de dois por partida. Tem atualmente a pior defesa do Grupo 2 e a sexta pior entre os 30 times da Segundona, empatado com o Fernandópolis.
Mesmo na lanterna do grupo, se mantém a três pontos do clube prudentino, primeiro time na zona de classificação e adversário de domingo, às 15h, no Prudentão. Foi justamente contra os gremistas a única vitória obtida na competição: 2 a 0 no dia 29 de agosto.
Entre Osvaldo Cruz e Grêmio tem mais dois times querendo a última vaga da chave: Assisense, dois pontos acima do Azulão, e Santacruzense, com a mesma pontuação. Se por um lado a vitória no dérbi fará o time empatar em pontos com o rival regional, uma derrota praticamente põe fim ao sonho da vaga.