Judô de Bastos é destaque em reportagem especial do Jornal Nacional da Globo e no site GE

13/07/2021 05h56 Como atleta, conquistou dois títulos brasileiros, mas se descobriu mesmo transmitindo conhecimento. Revelou nomes como os do medalhista olímpico Tiago Camilo (Sydney 2000 e Pequim 2008) e do técnico da seleção feminina que estará nos Jogos de Tóquio, Mario Tsutsui.
Por Bastos JÁ, Bastos - SP
Judô de Bastos é destaque em reportagem especial do Jornal Nacional da Globo e no site GE .

O Judô de Bastos, cujo ícone é o sensei Uichiro Umakakeba, foi destaque em reportagens especiais, uma exibida no Jornal Nacional da TV Globo, na noite dessa sexta-feira (9) e outra publicada no site do Globo Esporte. Na série de reportagens especiais do JN, que apresenta a relação intima dos brasileiros com os esportes olímpicos, o Judô de Bastos ganhou as telas dos televisores brasileiros na noite de ontem e durante cerca de 4 minutos mostrou sua força e confirmou seu pioneirismo no esporte de alto rendimento no Brasil.

A reportagem realizada antes da pandemia pelo premiado jornalista Tino Marcos, um dos mais importantes repórter esportivo da TV Globo e que decidiu encerrar sua trajetória como repórter no início deste ano, apresentou depoimentos de atletas consagrados, de um jovem aluno do Judô de Bastos e sua mãe, e um especial com o sensei Uichiro Umakakeba. A reportagem é uma de várias que será exibida no especial que antecede os Jogos Olímpicos de Verão, que acontece em Tóquio, neste ano.

A matéria do site do Globo Esporte “Judô e educação mantêm tradição japonesa em Bastos, interior de SP”, assinada pelos jornalistas Raphael Andriolo e Tino Marcos, é uma reprodução da reportagem da série do JN que mostra a relação do esporte mais vitorioso do país em Olimpíadas com os brasileiros e apresenta Uichiro Umakakeba como o sensei que revelou o medalhista Tiago Camilo e hoje ensina sua arte para alunos da rede pública.

No quarto episódio da série do Jornal Nacional, que mostra a relação do brasileiro com alguns esportes disputados nas Olimpíadas de Tóquio, vamos ver a identificação de uma cidade com o esporte que mais deu medalhas ao Brasil na história das Olimpíadas (22).

Em Bastos, judô é sinônimo de Uichiro Umakakeba. Aos 10 anos, ele deixou o Japão com a família e cruzou o mundo para viver no Brasil. Foi aluno de Chiaki Ishii - primeiro medalhista olímpico brasileiro no judô, em Munique 1972 - e em 1951 fundou com a ajuda da comunidade japonesa a Associação de Judô de Bastos, um dos primeiros centros de treinamento para o alto rendimento da modalidade no país. Como atleta, conquistou dois títulos brasileiros, mas se descobriu mesmo transmitindo conhecimento. Revelou nomes como os do medalhista olímpico Tiago Camilo (Sydney 2000 e Pequim 2008) e do técnico da seleção feminina que estará nos Jogos de Tóquio, Mario Tsutsui.

"Ver crianças transformadas é um prazer muito grande. Me realizei mesmo como professor. Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida", Umakakeba

Umakakeba fez parte da primeira turma de um projeto de intercâmbio Brasil-Japão, que envolve as embaixadas dos dois países, em parceria com a Confederação Brasileira de Judô e o Governo Federal. O objetivo é que professores conheçam a metodologia do ensino de judô nas escolas japonesas e tenham condições de adaptar para a inclusão do esporte no currículo de escolas públicas no Brasil.

Na volta a Bastos, Umakakeba procurou a Secretaria de Educação da cidade e, desde então, faz um trabalho voluntário, dando aulas gratuitas de judô, dentro do projeto Adoletá, para cerca de 100 crianças entre 4 e 6 anos da rede pública. Segundo o sensei, mais que judô, ele ensina educação, bons modos, disciplina e forma pessoas melhores para o mundo. A prefeitura fornece transporte e quimonos para as crianças. Por conta da pandemia do novo coronavírus, as atividades estão suspensas desde o ano passado.

"São valores que ficam para a nossa vida. Valores que não são esquecidos. Ele (Umakakeba) tinha essa veia de formar atletas", Tiago Camilo

Até o início de 2020, quando a pandemia de Covid-19 afetou o mundo, sensei Umakakeba dividia seu tempo entre o judô e o trabalho em sua pequena granja. Em novembro, encerrou as atividades com a produção de ovos.

A modalidade que mais deu medalhas olímpicas ao Brasil, entre elas quatro ouros com Aurélio Miguel, Rogério Sampaio, Sarah Menezes e Rafaela Silva, chega a Tóquio com a missão de manter a escrita e conquistar pelo menos uma medalha, o que ocorre de forma contínua desde Los Angeles 1984. Uma das maiores esperanças é a gaúcha Mayra Aguiar. Aos 29 anos, a bicampeã mundial vai em busca do terceiro pódio nos Jogos, já que foi bronze em Londres 201 e no Rio 2016.

- Eu tô fazendo de tudo pra chegar na minha melhor fase. E os detalhes fazem muita diferença nesse momento. As atletas são muito parelhas, então, um melhor descanso, alimentação boa, disciplina mais regrada... Eu tô fazendo tudo muito perfeito pra chegar na melhor forma e falar: eu dei tudo de mim, fiz tudo o que tinha que fazer pra sair leve de lá, independentemente do resultado.

A competição de judô nos Jogos de Tóquio acontece entre os dias 24 e 31 de julho. O Brasil disputa com 13 judocas em 14 categorias, além da estreia da competição entra equipes mistas.

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