Tarcísio de Freitas, do Republicanos, é eleito governador de São Paulo

30/10/2022 19h28 Ministro de Bolsonaro, o carioca Tarcísio foi considerado eleito governador às 19h22. Tarcísio teve 55,35% dos votos; e seu adversário, o petista Fernando Haddad, 44,65%.
Por G1, São Paulo (SP)
 Tarcísio de Freitas, do Republicanos, é eleito governador de São Paulo .

O ex-ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicano), natural do Rio de Janeiro, foi eleito neste domingo (30) novo governador de São Paulo. O resultado foi confirmado às 19h22, com 55,35% das urnas apuradas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Tarcísio obteve 12576778 dos votos , e venceu seu adversário, Fernando Haddad (PT), que obteve 44,65% dos votos, 10.148696. Votos nulos foram e brancos, 10148 (%). O índice de abstenção foi de %.

O estado de São Paulo, que é governado pelo PSDB há 28 anos, perdeu um representante do partido no primeiro turno, com a derrota do governador Rodrigo Garcia, que apoiou Tarcísio no segundo turno.

No início da campanha, em agosto, Haddad liderou a disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, mas viu sua distância diminuir a partir de setembro, quando Tarcísio e Garcia, que tentava a reeleição, começaram a se aproximar. As pesquisas apontaram Haddad liderando o primeiro turno em cima de Tarcísio, mas ele acabou em segundo. No primeiro turno, que ocorreu em 2 de outubro, Tarcísio obteve 9.881.995 (42,32%) dos votos e Haddad, 8.337.139 (35,70%).

Haddad se manteve atrás de Tarcísio nas intenções de voto durante todo o segundo turno. Na reta final, entretanto, o Ipec passou a indicar empate técnico entre os dois. Na apuração, Tarcísio ampliou a margem e ficou quase sempre dez pontos percentuais à frente do petista.

Polarização

No primeiro turno, um advogado, empresários e bilionários do agronegócio foram os maiores doadores da campanha do candidato do Republicanos e a campanha de Lula, uma vaquinha virtual e o tesoureiro do PT os de Haddad. A maior parte dos recursos, no entanto, veio dos próprios partidos.

No segundo turno, Haddad subiu o tom contra seu adversário, e a disputa foi acirrada na reta final, após a divulgação de um áudio em que um integrante da campanha da Tarcísio pede para um cinegrafista da Jovem Pan apagar um registro em vídeo feito do tiroteio que interrompeu a agenda do candidato e deixou um morto em Paraisópolis.

Durante a campanha para o segundo turno, os dois candidatos tiveram decisões favoráveis no TRE em ações como uso de live em propaganda e publicações sobre tiroteio em Paraisópolis.

Tarcísio chegou a cancelar a participação em um debate e uma sabatina. O primeiro, organizado pelo pool formado por Estadão, Rádio Eldorado, SBT, CNN, Veja, Terra e Rádio Nova Brasil e o segundo, uma edição especial do Roda Viva, da TV Cultura.

A eleição estadual foi pautada pela disputa presidencial, que influenciou os debates e as entrevistas entre os postulantes ao Palácio dos Bandeirantes. A campanha paulista também foi marcada pela polarização.

Fernando Haddad fez campanha ao lado do ex-presidente Lula e usou seus feitos como ministro da Educação do governo petista como argumento.

Já Tarcísio de Freitas se apoiou em seu padrinho político e defendeu o governo de Jair Bolsonaro, do qual fez parte.

No debate da Rede Globo, o último antes da votação, os dois nacionalizaram a discussão e temas como salário mínimo, Auxílio Brasil e até a falta de oxigênio em Manaus, no período mais agudo e grave da pandemia de coronavírus no país, entraram na pauta.

Em entrevista ao g1, Tarcísio afirmou que o marco de seu governo será a “eficiência”. "Vai ser do aproveitamento de oportunidades para que a gente possa gerar muitos empregos. Quero promover uma transformação social por meio do empreendedorismo, por meio do emprego, e aí resgatar muitos jovens."

"Eu quero usar a capacidade criativa do povo paulista para reindustrializar o estado de São Paulo e para reduzir as colossais desigualdades do nosso estado. Eu acho que se a gente tiver como eixo reindustrializar o estado, desenvolvimento econômico e, ao mesmo tempo, buscar a justiça social, nós vamos ter um estado cada vez melhor."

Quem é Tarcísio

Tarcísio de Freitas nasceu no Rio de Janeiro, tem 47 anos, é casado com Cristiane e tem dois filhos. Em 1996, se formou em ciências militares pela Academia Militar de Agulhas Negras (Aman) e passou a atuar como oficial do Exército. Em 2002, concluiu a graduação em engenharia civil e tornou-se engenheiro do Exército. Deixou a carreira militar em 2008, com a patente de capitão, e entrou para o funcionalismo público federal.

Tarcísio foi diretor-executivo e diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), além de ter atuado como secretário da Coordenação da Secretaria Especial do Programa de Parceria de Investimentos, durante os governos de Dilma Rousseff e Michel Temer.

Em dezembro de 2018, foi nomeado ministro da Infraestrutura pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), onde ficou até este ano. Em março de 2022, se filiou ao Republicanos, partido do Centrão que integra a base do governo do presidente no Congresso.

Está em sua primeira eleição. Declarou possuir bens no valor de R$ 2,3 milhões. Sua coligação é a São Paulo Pode Mais, formada pelos partidos Republicanos, PL, PSD, PTB, PSC e PMN. Seu vice é o ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD).

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