Osvaldo Cruz completa nesta sexta-feira, dia 06 de junho, 84 anos de emancipação político-administrativa e uma das formas de homenagear a cidade e seus moradores é a valorização do que foi vivido, construído neste passado de glorias.
A reportagem do Portal Metrópole de Notícias fez uma matéria especial com um antigo morador da cidade, Waldir Tessaro.
O nosso entrevistado vai completar no dia 02 de julho, 86 anos de vida, sendo que os últimos 62 anos vividos aqui em Osvaldo Cruz. “Era de Rinopólis e cheguei em Osvaldo Cruz no dia 12 de outubro de 1963, portanto 62 anos. Naquela época ainda tinha muitas ruas sem asfalto, muitas com paralelepípedos, e era uma cidade em desenvolvimento. Como a gente tinha passado por prefeitos que talvez não tenham colaborado muito, a cidade tinha dado uma parada, mas em seguida começou a se desenvolver. Pouco a pouco foi melhorando, inclusive quanto a criação de empregos, até chegarmos aos dias atuais com a cidade industrializada. No passado não era assim, mas hoje nós temos grandes empresas que dão sustentação para os empregados que retribuem gastando seus ganhos aqui também. Naquela época todo mundo conhecia todo mundo. Hoje ainda, quando eu saio na rua todos me chamam pelo nome, isso é muito bom.”, disse.
Questionado sobre como era a vida social naquela época, ele destacou como acontecia a paquera entre os jovens nos fins de semana. “Naquela época no jardim da Matriz, no coreto, tinha o pessoal que se reunia após a missa e até muitos um pouco antes. Os moços ficavam de um lado, em pé e as moças passavam em grupinhos e aí uns olhavam para os outros e quando alguém se interessava por alguém, já começava uma conversa, uma paquera. Quando tinha uma moça que o rapaz se interessava, ali já começava uma primeira aproximação, uma primeira conversa e começava a paquera. Naquele tempo tinha que ser assim, porque não existia balada, não tinha celular, enfim, era diferente dos dias atuais.”.
Waldir Tessaro lembrou ainda que naquele tempo tinha um grande time de futebol, na série intermediária, próxima da divisão elite daquele tempo. “Quase sempre a equipe ganhava, no máximo um empate, mas toda região vinha para Osvaldo Cruz para ver o futebol profissional da cidade. De Dracena para cá ninguém tinha um time assim, em Prudente existia a Prudentina que não tinha nossa força no futebol. Nossa equipe provocava casa cheia e se você chegasse atrasado não achava lugar na arquibancada e tinha que ver o jogo de pé. Jogadores como Tequinha, Roberto, Paulo Bim, que veio de Guararapes e depois foi para a Ferroviária de Araraquara ou Botafogo de Ribeirão, não me lembra ao certo.”.
Durante muitos anos Waldir Tessaro foi moveleiro, teve uma fábrica que gerou muitos postos de trabalho e gerou impostos para a cidade. “A empresa chegou a vender moveis até para São Paulo e em uma época em que a entrega era feita nas lojas e em seguida se recebia o dinheiro, tudo à vista.”.
Waldir Tessaro falou também sobre sua família que começou com o casamento em 1.965, onde dia 26 de dezembro, serão 60 anos de casados. “Deste casamento vieram quatro filhos, sendo três mulheres e um homem. Hoje temos netos formados, uma juíza, uma médica e um advogado. Todos os filhos seguiram seu caminho no casamento e na profissão e estão todos morando fora da cidade, mas nós continuamos firme na cidade, participando ativamente na vida da igreja e gozando de boa saúde.”, finalizou.