Nomeada no dia 12 deste mês para Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, no Ministério da Saúde, a adamantinense Luana Araújo entregou o cargo ao ministro Marcelo Queiroga.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (21) pela coluna Radar Econômico, da Veja e confirmada neste sábado pelo governo federal. "O Ministério da Saúde informa que a médica infectologista Luana Araújo, anunciada para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, não exercerá a função. A pasta busca por outro nome com perfil profissional semelhante: técnico e baseado em evidências científicas".
A médica infectologista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-graduada em epidemiologia na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos – instituição que é referência nos estudos sobre a doença – estava animada com as possibilidades de encampar um direcionamento de políticas no combate à pandemia pautadas pela ciência, como destacou em seu discurso de posse.
Convocação para CPI
Segundo assessores próximos – diz a coluna Radar Econômico – Luana não aceitou “entubar” determinações vindas do Palácio do Planalto.
O fato novo já criou movimentação na CPI da Covid-19. Segundo a mesma coluna, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolou um requerimento para convoca-la a prestar depoimento sobre os motivos de sua saída do cargo.
Luana é defensora da vacinação em massa e já declarou ser favorável a medidas restritivas e contra o "kit covid", mesmo para pacientes com sintomas leves.