Polícia Militar frustra furtos a lojas prudentinas após abordagem a carro com placas de Brasília

30/04/2019 05h53 Cinco pessoas foram presas por associação criminosa. Grupo alegou que viaja por várias cidades para praticar a subtração de objetos.
Por G1 , Presidente Prudente - SP
Polícia Militar frustra furtos a lojas prudentinas após abordagem a carro com placas de Brasília Produtos de origem suspeita foram apreendidos pela polícia. (Foto: Polícia Militar/Cedida)

Cinco pessoas - com idades entre 20 e 42 anos - foram presas por associação criminosa, em Presidente Prudente, neste domingo (28). O grupo é suspeito de praticar furtos em lojas em diversas cidades. Vários produtos de origem suspeita, dentre eles bolsas, roupas, ferramentas e celulares, foram apreendidos.

Policiais do Batalhão de Ações Especiais (Baep) realizavam patrulhamento de rotina, quando avistaram um veículo com placas de Brasília (DF) ocupado por dois casais. Estes, ao notarem a aproximação da viatura, demonstraram nervosismo, o que motivou uma abordagem.

Na Rua Casemiro Dias, em frente a um hotel, os suspeitos foram abordados. Com os indivíduos, nada ilícito foi encontrado. Contudo, dentro do veículo haviam algumas ferramentas novas, como alicate, serras e chave de fenda.

Questionados sobre o que faziam na cidade, uns disseram que seguiam "para o velório da avó de alguém" e, depois, o "de uma tia de um dos ocupantes do carro", isto na cidade de São Paulo. Os suspeitos ainda alegaram que teriam se perdido na viagem e, por isso, se hospedaram no hotel próximo ao local da abordagem.

Os indivíduos também foram questionados se havia algo ilícito dentro dos quartos em que estavam hospedados. Eles disseram que não e autorizaram a entrada dos policiais.

Dois quartos foram revistados. Em um deles foram encontradas cinco marmitas. Diante disso, os policiais questionaram os abordados se havia mais alguém com eles. Uma das mulheres negou e disse que só estavam os quatro.

Novos

Nos quartos foram encontrados cosméticos e roupas dentro de uma bolsa. Toda a mercadoria era nova. Alguns produtos estavam, inclusive, com lacres e etiquetas.

Ao ser questionada, uma das mulheres assumiu a propriedade dos produtos e disse que os venderia em São Paulo. Porém, comentou que desconhecia algumas peças.

Os indivíduos foram separados e, novamente, submetidos a questionamentos. Com isso, a PM foi informada de que os abordados faziam parte de uma associação criminosa e cada um possuía uma função.

O grupo teria saído de Brasília para passar por algumas cidades. Nestes locais, eles escolhiam lojas para agirem criminalmente. Enquanto parte do grupo praticava os furtos de roupas e eletrônicos, a outra dava cobertura e observava os seguranças.

O grupo, inclusive, declarou que havia furtado uma loja em Araçatuba.

Em cima da cama de um dos quartos foi encontrada a quantia de R$ 274.

Mensagens

Com autorização, os celulares dos suspeitos foram verificados e os policiais encontraram mensagens sobre furtos praticados em Brasília. Ainda convidavam outras pessoas para praticarem o crime em São Paulo.

Em um dos celulares foram localizadas fotos de um hipermercado, aparentemente de Presidente Prudente, e mensagens dizendo que voltariam, "pois estava muito fácil".

Quinto elemento

Os quatro indivíduos receberam voz de prisão e foram conduzidos à Delegacia Participativa da Polícia Civil.

Enquanto estavam na unidade policial, a corporação foi informada por um funcionário do hotel que um quinto indivíduo estava no local tentando entrar no quarto. Alguém teria tentado detê-lo, mas ele correu e se escondeu em um terreno nas proximidades.

Os militares seguiram para o local e encontraram o suspeito, posteriormente identificado com sendo um adolescente. Ele apresentava escoriações, estava sem sapatos e com as roupas rasgadas. Questionado, o menor disse que estava naquela situação em decorrência da fuga.

Em busca pessoal, nada foi encontrado, porém um celular foi visto nas proximidades e o indivíduo assumiu a propriedade.

Com a autorização do suspeito, os policiais verificaram o conteúdo do celular e viu uma conversa. O rapaz falava para alguém que precisava da ajuda de outra quadrilha para sair de Presidente Prudente.

O rapaz ainda declarou que era menor de idade e que, junto aos outros quatro indivíduos, praticava furtos em várias cidades e lojas. Para cada estabelecimento furtado ele ganhava R$ 500. Ele foi apreendido e levado para a delegacia.

Conforme o registro, já na delegacia, o "menor" desmentiu seu nome e disse que possuía uma certidão de nascimento falsa, utilizada para "se safar da cadeia". Diante do fato, ele também responderá por falsidade ideológica.

O veículo que estava com os indivíduos foi apreendido para averiguação da procedência.

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