Operação República desarticula esquema de entrada de drogas na Penitenciária de Martinópolis

14/10/2018 05h15 Polícia Civil realizou na manhã deste sábado (13) uma varredura em pensões que hospedavam parentes de detentos que cumprem pena na cidade.
Redação - Acally Toledo - Informações: G1, Martinópolis - SP
Operação República desarticula esquema de entrada de drogas na Penitenciária de Martinópolis .

A Polícia Civil desencadeou na manhã deste sábado (13) a Operação República com o objetivo de desmantelar um esquema de entrada de drogas na Penitenciária de Martinópolis.

Uma varredura realizada em nove pensões da cidade resultou na prisão em flagrante de cinco mulheres suspeitas, quatro delas por tráfico de drogas e uma por integrar organização criminosa.

As investigações apontaram o envolvimento no esquema criminoso de parentes de detentos que cumprem pena na unidade carcerária.

As pessoas presas são moradoras de outras cidades e usavam as hospedagens para passar a noite em Martinópolis enquanto aguardavam a liberação do horário de visitas para os detentos.

Segundo a Polícia Civil, as investigações tiveram início após a constatação, nos últimos meses, de registros de ocorrências de pessoas que entravam na penitenciária da cidade portando drogas aos fins de semana.

Quatro mulheres foram presas por tráfico de drogas e uma por organização criminosa. Esta, segundo a polícia, foi flagrada em uma pensão da cidade com um caderno de anotações, no qual havia detalhes de pessoas "batizadas", incluindo nomes, datas de nascimento e até matrícula dos presos das penitenciárias, com detalhamento sobre para quem iriam os entorpecentes.

A Polícia Civil ainda informou que uma das envolvidas é dona de uma pensão do município, que acabou presa por tráfico de droga. Ela é a única das envolvidas que não tem parentesco com detentos da Penitenciária de Martinópolis. Com ela, foi apreendido um material que uma análise realizada pelo Instituto de Criminalística, em Presidente Prudente, confirmou se tratar de droga.

Ainda segundo a Polícia Civil, o nome escolhido para a operação faz alusão aos locais em que as pessoas ficavam hospedadas à espera do momento das visitas aos presos.

Durante a operação, foram apreendidos 821 gramas de maconha, 191,90 gramas de crack, dois aparelhos celulares, duas balanças, manuscritos, comprovantes de depósito e R$ 2,8 mil em dinheiro.

Foram cumpridos 14 mandados judiciais de busca e apreensão.

Ainda foram lavrados dois termos circunstanciados pelo delito de porte de drogas.

Os trabalhos neste sábado (13) contaram com o apoio do Ministério Público Estadual (MPE), da Polícia Militar e da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP), além de cães farejadores.

As cinco mulheres permanecerão presas no aguardo da audiência de custódia na Justiça prevista para este domingo (14).

Revista

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo informou que combate o crime organizado diuturnamente em parceria com a inteligência das polícias e com o Ministério Público.

"Com a instalação dos aparelhos de scanner corporal em todas as penitenciárias, centros de detenção provisória e centros de progressão penitenciária do Estado, do final do ano passado até o início deste ano, a revista de visitante ficou mais eficiente, aumentando com isso o número de apreensões", pontuou a SAP.

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