Mulheres tentam entrar em presídio com supostas folhas da droga K4 escondidas na calcinha e na cintura

24/02/2021 05h32 Visitantes foram flagradas com o material durante revista com scanner corporal na Penitenciária 'Silvio Yoshihiko Hinohara', em Presidente Bernardes.
Por G1, Presidente Bernardes - SP
Mulheres tentam entrar em presídio com supostas folhas da droga K4 escondidas na calcinha e na cintura Mulher carregava na cintura 25 tiras de cartolinas supostamente com o entorpecente K4. (Foto: SAP)

Duas mulheres foram flagradas com folhas de papel que, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP), podem conter a droga sintética conhecida como K4. Segundo informações divulgadas nesta terça-feira (23), elas tentaram entrar com o material na Penitenciária “Silvio Yoshihiko Hinohara”, em Presidente Bernardes (SP).

Em um dos casos, durante procedimento de revista através do scanner corporal, foi visto que uma mulher portava folhas escondidas na calcinha que vestia. Ao ser questionada, a visitante negou, mas depois confessou que estava com as folhas que supostamente teriam a droga sintética conhecida como K4.

No segundo caso, uma mulher também foi submetida à revista através do scanner corporal. O aparelho apresentou imagem suspeita na região da cintura. Foi perguntado se ela portava algo e a mulher retirou 25 tiras de cartolinas de cores amarela e laranja, sendo supostamente o entorpecente K4.

A SAP informou que as visitantes foram suspensas do rol de visitas e foi instaurado procedimento disciplinar para apurar a eventual cumplicidade dos sentenciados.

Apreensões de K4 no Oeste Paulista

Entre 2019 e 2020, as apreensões da droga K4 dispararam nos presídios da região de Presidente Prudente (SP), de acordo com dados da Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo.

Em 2019, houve o total de 41 apreensões, sendo 35 com visitantes de presos e 6 em correspondências. No ano seguinte, o salto foi de mais de 500%, passando para 259 apreensões, sendo 24 com visitantes de presos, 234 em correspondências e 1 em área externa de presídio.

A K4, popularmente conhecida como maconha sintética, é formada por substâncias que simulam ou têm uma reação muito parecida com o THC, que é o princípio ativo da droga, porém, muito mais potente.

Na forma líquida, ela é borrifada em pedaços de papel na tentativa de burlar a vigilância dos agentes penitenciários. Nas unidades prisionais da região de Presidente Prudente, as apreensões desse entorpecente têm sido cada vez mais comuns.

De acordo com informações fornecidas pela Polícia Civil ao G1, a K4 em si não é uma droga, é uma forma de produção em que a droga é manipulada para forma líquida e, em sequência, a referida substância impregnada em papel. A origem de sua constatação se iniciou com a maconha sintética e, atualmente, toda sua produção engloba todos os tipos de drogas.

Comente, sugira e participe:

Cadastre seu WhatsApp e receba notícias diariamente pelo celular