Força-tarefa criada para apurar ameaças a autoridades ouve depoimento de Marcola em presídio em Presidente Venceslau

18/12/2018 06h46 Cinco promotores de Justiça, cinco delegados e dois escrivães da Polícia Civil estiveram com o preso das 9h às 12h, período em que ele foi ouvido uma sala de sindicância.
Por G1 , Presidente Venceslau - SP
Força-tarefa criada para apurar ameaças a autoridades ouve depoimento de Marcola em presídio em Presidente Venceslau Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. (Foto: Reprodução TV Fronteira)

Integrantes da força-tarefa criada para investigar supostas ameaças do Primeiro Comando da Capital (PCC) a autoridades do Estado de São Paulo ouviram nesta segunda-feira (17) o preso apontado como o principal chefe da facção criminosa, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, na Penitenciária 2, em Presidente Venceslau.

O grupo formado por cinco promotores de Justiça, cinco delegados e dois escrivães da Polícia Civil esteve com Marcola das 9h às 12h, período em que ele foi ouvido uma sala de sindicância na P2, onde cumpre pena.

Foi solicitado um posicionamento oficial sobre o assunto ao Ministério Público do Estado de São Paulo e à Secretaria da Administração Penitenciária, mas até o momento desta publicação não obteve resposta.

Em nota, o MP confirmou que "há promotores da força-tarefa constituída para apurar ameaças contra as autoridades". "As oitivas estão acontecendo, mas não é possível informar quem e quando será ouvido para o bom andamento dos trabalhos", pontuou.

Cartas codificadas

A força-tarefa foi criada na semana passada, depois que cartas do Primeiro Comando da Capital apreendidas pela Polícia Militar revelaram um plano para matar o promotor que combate a facção no interior de São Paulo e o coordenador dos presídios da região oeste do Estado.

O Ministério Público reforçou a segurança pessoal de Lincoln Gakiya, que atua no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em Presidente Prudente. A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que tomou medidas de segurança para o funcionário Roberto Medina.

O material com as ameaças da facção estava com duas mulheres que haviam visitado presos em Presidente Venceslau. Elas foram detidas pelas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) da PM.

As cartas escritas de forma codificada foram interceptadas com duas mulheres de presos em Presidente Venceslau. Nelas constam mensagens de integrantes da facção. Em uma das cartas, os bandidos indicam a rotina do promotor e do coordenador. "A cidade dele é bem maior pra dar balão, depois é mais difícil, mas os irmãos tão nessa pegada".

Um dos trechos da segunda carta, datada de 2 de dezembro, diz: "Os amigos querem informações toda semana para saber se vocês estão chegando com a sintonia com lealdade já demonstrada em outras situações importantes para a família".

A Justiça analisa um pedido do Ministério Público de transferir o chefe da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, e outros membros para um presídio federal.

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