Após molestar menina em papelaria, homem é espancado por populares e acaba preso por estupro de vulnerável

06/01/2019 06h48 Indiciado, de 47 anos, passou a mão por duas vezes nas partes íntimas da garota, de 11 anos, que estava no estabelecimento comercial acompanhada da mãe e do irmão.
Por G1, Presidente Prudente - SP
Após molestar menina em papelaria, homem é espancado por populares e acaba preso por estupro de vulnerável (Foto: Cedida / Polícia)

Um homem de 47 anos foi preso em flagrante na noite desta sexta-feira (4) pelo crime de estupro de vulnerável, na Cohab, em Presidente Prudente. A vítima foi uma menina, de 11 anos.

De acordo com as informações do Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil, a menina foi molestada pelo indivíduo dentro de uma papelaria existente no bairro. A garota estava no estabelecimento comercial acompanhada da mãe e do irmão, de cinco anos de idade.

Segundo o registro policial, enquanto a mãe da garota era atendida na papelaria, o indiciado, ao caminhar pelas costas da vítima, passou a mão nas nádegas da menina, inicialmente.

Em seguida, a mãe dirigiu-se ao caixa e, percebendo isso, o indiciado retornou e, de frente para a vítima, passou a mão em sua vagina.

Logo em seguida, a menina contou o que havia ocorrido à sua mãe e, quando percebeu que tinha sido apontado, o indiciado saiu apressadamente do estabelecimento comercial.

Ele ainda passou pela mãe e pela filha e disse que "foi sem querer".

A mãe disse à polícia que quando viu o indiciado o reconheceu. Ela, que acionou a Polícia Militar, explicou que o homem é conhecido no bairro porque já teria sido preso pela prática do crime de estupro.

O homem não foi localizado na casa dele e a mãe e a filha prosseguiram andando pelo bairro até que o encontraram no momento em que embarcava em um mototáxi.

Ele foi abordado e detido e, antes da chegada da Polícia Militar ao local, acabou espancado por populares.

A situação foi controlada antes da chegada dos policiais, que acionaram o Corpo de Bombeiros e o indiciado recebeu atendimento ainda no local.

Liberdade condicional

Em depoimento à Polícia Civil, o homem negou a prática do crime, disse que apenas esbarrou na menina, mas não soube dar explicação convincente sobre não ter se desculpado naquele momento nem o motivo de ter saído apressadamente da papelaria assim que apontado pela criança.

Ele também confirmou que havia percebido que se tratava de uma criança no momento em que supostamente esbarrou na menina.

Segundo a Polícia Civil, consta na folha de antecedentes do indiciado a prática de diversos crimes, havendo, entre eles, condenação por ato obsceno e anterior prisão em flagrante também em razão do cometimento de estupro, no ano de 2012.

O indiciado contou que está em liberdade condicional há quatro meses, depois de ter ficado encarcerado durante seis anos, quando preso pela última vez.

'Caráter libidinoso'

Como o indiciado passou duas vezes pela vítima, uma pelas costas e outra pela frente, e em ambas as ocasiões atingiu partes íntimas dela, percebeu assim que apontado pela criança e deixou o local, no entendimento do delegado Marcelo Silva Costantini, são ações que somadas formam um conjunto que constitui “forte indicativo do caráter libidinoso dos atos praticados”, o que o levou a decretar a prisão em flagrante do envolvido em decorrência do crime de estupro de vulnerável, positivado no artigo 217-A do Código Penal.

Ao levar em consideração os antecedentes do indiciado, o delegado apontou que ele tem personalidade voltada para a prática de crimes e, por tender a cometer delitos de cunho sexual, considerou "evidente que não apresenta comportamento compatível com a vida em sociedade".

Com base ainda na gravidade do caso registrado nesta sexta-feira (4), tipificado como crime hediondo, Costantini representou à Justiça pela conversão do flagrante em prisão preventiva, como medida necessária à garantia da ordem pública.

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