Sem dúvida vivemos um tempo de mudanças. Mudança de hábitos: de saúde, de comportamento social, familiar, do ir e vir, e também nos negócios.
Nos negócios foi tudo muito rápido. Ninguém nos deu tempo para nos prepararmos, e então mandaram fechar as portas. Muitos só foram perceber que não tinham planejamento e reservas financeiras quando a quarentena foi prorrogada pela segunda vez.
Mas deveríamos estar preparados? Deveríamos, e como "a desgraça da teoria é a prática", não era o fato.
Me lembro de um ditado popular que diz "Se não se aprende por amor, aprende-se pela dor".
Nosso ganha pão, num piscar de olhos, virou abóbora, no conto da princesa Cinderela. Nossa carruagem parou, e cortamos a própria pele para enfrentar as consequências do dia a dia.
Mas e daqui pra frente? O que fazer?
Se eu tivesse a receita teria um imenso prazer em compartilhar, mas sei que uma coisa é certa: temos que mudar, e da pior forma - "mudar pela dor".
Líamos, ouvíamos e víamos surgirem empresas digitais fazendo disrupturas em vários setores: Uber, Buzer, AliBaba, Amazon, Airbnb, etc.
Vimos grandes magazines entrando em nossas casas, 24h por dia, vendendo virtualmente de uma agulha a um carro, e ainda entregando com uma rapidez impressionante.
Então dizíamos: “Isto vai demorar pra chegar aqui, porque o cliente gosta de tocar, sentir, cheirar, calçar, conversar e quer levar o produto na hora”. Mas e agora?? Até quem não se familiarizava com a internet está sendo obrigado a migrar para lá para receber, pagar, se comunicar com a família, fazer consulta, reunião, e tudo mais.
O trabalho foi pra casa. E muitos comerciantes, que ainda não tinham uma página lá na internet ou numa rede social, tiveram que correr para aprender e mostrar a cara. Mas como ser visto em um local que tem bilhões de páginas? Como o cliente vai me achar e como vou conquistá-lo? Como vou interagir, expor, vender, entregar, controlar estoque, ter preço competitivo, aceitar devolução, e muito mais?
É muito novo tudo isto, e não será um caminho fácil, mas uma coisa é certa: “não dá pra fazer as coisas sempre do mesmo jeito e esperar resultados diferentes”.
Primeiro entendo que temos que cuidar da saúde e da família, porque nossa mente está ficando doente, com tanta informação negativa e catastrófica. Infelizmente tudo tem um preço, e o corpo cobra.
Também temos que cuidar do nosso ganha pão, e de muitos que dependem de nós.
Ainda dedicar uma parte do nosso tempo para entender e estudar as mudanças. Na medida do possível, procurar pesquisar e ver pelo lado de novas oportunidades que surgirão. Menos política e mais especialistas.
Tem muita coisa boa e muitas pessoas bem intencionadas ajudando pela internet. Se unir com outros empresários, em associações para maximizar ideias e minimizar custos. E para não me alongar, procurar especialistas em redes sociais e se fazer presente ativamente lá.
As pessoas estão em casa e navegando. E que Deus nos proteja!