Indústrias de SP contam com eSocial para reduzir afastamentos dos acidentes de trabalho

25/10/2018 06h44 Em 2017, o estado registrou 53.360 afastamentos por acidente de trabalho, no ano anterior foram contabilizados 63. 062 afastamentos.
Redação - Camila Costa - Agência do Rádio, São Paulo - SP
Indústrias de SP contam com eSocial para reduzir afastamentos dos acidentes de trabalho .

São Paulo tem colhido os frutos de investir na segurança e saúde dos trabalhadores. Entre 2014 e 2016, o estado de São Paulo conseguiu reduzir de 18,40 para 16,40 a quantidade de casos de acidentes do trabalho para cada grupo de mil vínculos empregatícios.

Os dados são do Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho de 2017 da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda (SPrev) e estão em sintonia com os dados do Brasil, que também apresenta redução nos índices de auxílio-doença pelos demais estados.

Informações mais recentes da Previdência apontam queda de 12,21% entre 2007 e 2016, em todos os segmentos econômicos. O registro anual caiu de 659 mil para 578 mil.

E os gestores paulistas têm buscado suporte para os avanços em uma plataforma governamental, o eSocial. Com a plataforma, é possível fazer a transmissão eletrônica desses dados. Segundo especialistas, o processo simplificará a prestação das informações referentes às obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas.

Para Pedro Caliari, supervisor de Qualidade de Vida do SESI-SP, esse é um caminho que não tem mais volta, levando em consideração a qualidade de vida dos funcionários e uma maior produtividade das empresas.

"Enxergo que há avanços hoje. Uma preocupação muito grande das empresas em relação a gestão das políticas para prevenção de segurança no trabalho, haja vista a implementação do eSocial. Não há como as empresas fugirem disso hoje. É uma condição da empresa continuar seu negócio. Se não tiver uma política interna da empresa e um grupo pensando nisso, estrategicamente, não vejo como a empresa sobreviver."

Outras medidas estão sendo levantadas pelo setor produtivo para aumentar a produtividade e a competitividade das indústrias, como mostra o estudo elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), enviado aos candidatos à presidência da República. Uma das propostas é permitir que o serviço médico da empresa possa subsidiar a perícia médica do INSS, para deixar os casos de afastamentos mais transparentes, com maior efetividade à decisão do perito.

Segundo o supervisor de Qualidade de Vida do SESI-SP, Pedro Caliari, a redução nos números está ligada diretamente à produtividade das empresas.

"Uma indústria com números reduzidos ou sem acidentes de trabalho se torna mais competitiva sem dúvida, isso reflete em um monte de índices dela, índice de FAP, RATI, consegue reduzir seus custos trabalhistas, seus custos por acidente ou, no caso de conseguir evitar todos os acidentes, gerará mais economia e a tornará mais competitiva, sem dúvida."

Em 2017, o estado registrou 53.360 afastamentos por acidente de trabalho. O número é menor do que o registrado no ano anterior, quando foram contabilizados 63. 062 afastamentos, segundo o Ministério Público do Trabalho.

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