Rubens Romanini completa 4 anos na presidência do Osvaldo Cruz F.C. e planeja ficar 'até o fim da vida'

11/08/2020 08h45 Bancário aposentado tem como conquistas da gestão o fim das dívidas e a revelação de atletas, mas ainda persegue acesso.
Redação - Acally Toledo - Informações: Nossa Lucélia, Osvaldo Cruz - SP
Rubens Romanini completa 4 anos na presidência do Osvaldo Cruz F.C. e planeja ficar 'até o fim da vida' .

São quatro anos do Osvaldo Cruz F.C. longe das manchetes ligadas a polêmicas extracampo e perto do noticiário sobre revelação de atletas.

Por trás desta mudança está Rubens Romanini. No começo do segundo semestre de 2016, ele assumiu a presidência do Azulão cheio de planos. Hoje, fica satisfeito olhando para trás e vendo que alguns deles foram colocados em prática. Há espaço para muitos outros, como seguir por bastante tempo à frente do clube.

"Eu penso que é como um casamento. Espero ficar até o fim da vida. Cheguei com muitos sonhos e já tenho mais noção da realidade. Tenho pés no chão, adoro futebol, quero ficar para sempre, a não ser que o povo de Osvaldo Cruz não me queira", disse, em tom de bom humor.

Atualmente, Rubens se dedica apenas ao Osvaldo Cruz F.C. na vida profissional. Aposentou-se em 2019 como bancário, após 33 anos em uma mesma empresa. Sem ter de dividir as atenções, a expectativa é ampliar as conquistas como presidente de um time de futebol.

Colocar a "casa em ordem" foi a primeira missão alcançada da gestão. Com as certidões negativas de débitos obtidas, o Azulão ganhou espaço na formação de jogadores e passou a disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Segue dono de 40% dos direitos econômicos de Felippe Cardoso, do Fluminense. Revelou ainda nomes como Júnior Santos, do Kashiwa Reysol (Japão) e Heron, do Goiás (deve aparecer ao longo do Brasileirão), fora os garotos que estão na base de grandes clubes, como o Corinthians.

Para o Osvaldo Cruz F.C. seguir no caminho certo quando o assunto é abastecer times da elite do futebol e manter a saúde financeira, o presidente planeja adotar um novo modelo em suas categorias de base.

"Venho estudando sobre como fazer de uma forma diferente e ter sucesso. Estou me preparando para colocar em prática. Estou vendo outros modelos, que dão certo, buscando a visão empresarial fora do país, e não só do futebol. A ideia é seguir não apenas revelando, mas ajudando na formação profissional, intelectual do atleta. Ter um diferencial".

Natural de Tupã, o bancário aposentado mora desde 1998 em São José do Rio Preto, onde começou a se envolver com a gestão de clubes de futebol. Foi responsável pela base do América-SP por um curto período, antes de assumir o Azulão. A entrada no meio ocorreu por acaso. O filho jogava na equipe rio-pretense, e a falta de organização o incomodava.

A ligação com a região de Presidente Prudente se deve a Mariápolis. Rubens morou os primeiros 31 anos na cidade de aproximadamente 4 mil habitantes, onde sua mãe ainda reside. Disputou competições amadoras de futebol na Nova Alta Paulista, como zagueiro e lateral. Desta época, surgiu a amizade com o pai de Rodrigo Caio, Celso Russo.

Como ex-atleta amador, ele sabe que o mais importante é o resultado em campo. Nestes quatro anos na presidência, ainda não conseguiu tirar a equipe da quarta divisão do Campeonato Paulista. O mandatário aposta no técnico PC dos Santos para ajudá-lo a ampliar a lista de conquistas da gestão.

"Ficou mais fácil contratar um jogador hoje para o Osvaldo Cruz F.C. O clube está mais respeitado. O Osvaldo Cruz F.C. tem que ganhar, ganhar sempre, para isso aumentar mais e não ficar só no pagar certo, ter uma estrutura boa. É preciso vencer jogos, campeonatos, isso que vai fazendo a camisa ficar pesada".

"O suporte que o Rubens tem nos dado é muito importante para as coisas acontecerem dentro de campo. Logicamente que futebol não é ciência exata. A gente às vezes se prepara e não dá certo. Mas do jeito que está caminhando, tem tudo para dar certo", completou o treinador.

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