Solidariedade: Osvaldocruzense é convidado para doar Medula Óssea

14/11/2018 05h47 A reportagem do Portal Metrópole de Notícias conversou com Wagner Campanari sobre o procedimento de doação de medula.
Redação - Nataly Gandolfi, Osvaldo Cruz - SP
Solidariedade: Osvaldocruzense é convidado para doar Medula Óssea Wagner Campanari. (Foto: Rádio Metrópole / Portal Metrópole / Kako de Oliveira)

Uma a cada 100 mil, essa é a probabilidade que um doador de medula óssea tem de ser chamado para de fato efetivar a doação. Wagner Campanari teve a sorte.  Cadastrado há mais de dez anos no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), o morador de Osvaldo Cruz recebeu há pouco mais de 90 dias a notícia de que poderia ajudar o próximo.

A reportagem do Portal Metrópole de Notícias conversou, com exclusividade, com o doador de medula óssea, que explicou como o procedimento é feito. "Recebi o primeiro contato, foi feito um questionário comigo via telefone e nesse questionário eles perguntam se realmente existe interesse na doação", relata. De acordo com ele, a triagem por meio do questionário é feita para assegurar a doação até o fim, "[...] se por ventura eu desisto no meio do processo, os médicos já deixam bem claro que o paciente vem a óbito, pois eles estão matando as células do paciente para poder receber as minhas". 

Constatado o compromisso para com o ato de doar, Wagner esclarece que são realizados exames minuciosos e, estando tudo certo, o voluntário torna-se apto a dar continuidade ao procedimento. Ele explica que existem duas maneiras de doar medula óssea, a punção lombar - que é uma microcirurgia -, e a transfusão de sangue, que é o procedimento que ele realizará.  

O processo de doação através da transfusão, segundo ele, é realizado por etapas. "Fiz uma retirada de 300 ml de células-tronco no último dia 31 de outubro, e já está marcada outra retirada nos dias 29 e 30 de novembro". Wagner ainda conta que a partir do dia 23 deste mês, ele passará por um tratamento com uma medicação específica para estimular as células-tronco. 

Apesar de o procedimento ser exaustivo, Wagner diz que não existe sentimento mais gratificante do que fazer o bem. "Quando recebi a ligação fiquei muito emocionado e a cada dia que passa, cada processo concluído percebo a gratificação da recompensa de salvar uma vida", emociona-se. 

O cadastramento no REDOME normalmente é realizado nos hemocentros ou em campanhas de doação de sangue. O método é simples e, se você tiver a sorte, pode, assim como o Wagner, mudar a vida de alguém para sempre. 

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