Gesto de solidariedade doa pão e fé para pessoas necessitadas durante a pandemia da Covid-19, em Dracena

08/07/2020 08h31 Atitude do empresário Roberto Aparecido Ribeiro, de 59 anos, dono de uma padaria em Dracena, ajuda famílias que não conseguem comprar
Por G1, Dracena - SP
Gesto de solidariedade doa pão e fé para pessoas necessitadas durante a pandemia da Covid-19, em Dracena Dono de padaria doa pães a pessoas carentes em Dracena. (Foto: Carlos Volpi / TV Fronteira)

"Deus é quem providencia o pão de que precisamos para viver. Ele nos sustenta, mesmo nos tempos difíceis". Esse é um pequeno trecho da frase escrita no papel fixado de uma embalagem de pão francês fresquinho da cesta do empresário Roberto Aparecido Ribeiro, de 59 anos, dono de uma padaria no Centro de Dracena (SP) há 22 anos.

Ele nunca negou um pão para uma pessoa realmente necessitada em matar a fome e conta que um freguês do estabelecimento deu a ideia para colocar uma cesta de pãezinhos na porta de entrada com o seguinte aviso: "Se você não tem como comprar o seu pãozinho hoje, pegue aqui".

"As pessoas carentes que não têm condições de comprar um pãozinho vêm até o balcão para pedir e até ficam constrangidas. Eu nunca neguei um dia, antes mesmo desta ideia", diz Ribeiro.

O comerciante acatou a ideia do cliente e deu tão certo que a cestinha de "amor, fé e caridade", assim como se sente Ribeiro, em e ver que dos pãezinhos não fica um sequer no final do dia. "Coloco de 10 em 10 pãezinhos na cesta e a gente fica feliz quando não sobra", afirma.

Ele conta que devido à pandemia da Covid-19 as pessoas estão perdendo os seus empregos e muitas famílias sequer têm o "pão de cada dia" para colocar na mesa, e assim resolveu fazer esse ato de caridade.

"Hoje produzimos em torno de 2.400 pãezinhos por dia. Antes da pandemia, produzíamos 3.600, uma queda de 40%. Cristo se faz pão e o que reduzimos na produção hoje talvez seja aquele que estava precisando se alimentar", diz Ribeiro sobre o momento difícil na economia.

O comerciante diz que, mesmo com a queda nas vendas, conseguiu manter seus 15 funcionários. "Pode um dia até me faltar algo, talvez, mas, ao ver as pessoas pegando os pãezinhos, a gente fica feliz", ressalta.

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