Funcionárias da Área Azul contestam ofício e denunciam condições de trabalho

21/03/2018 09h43 Com medo de represálias, identidades foram preservadas.
Redação - Portal Metrópole de Notícias, Osvaldo Cruz - SP
Funcionárias da Área Azul contestam ofício e denunciam condições de trabalho (Foto: Rádio Metrópole / Luanna Machado)

Duas funcionárias da Ãrea Azul contestaram na tarde de ontem, 20, o ofício enviado pela AJA/Casa da Criança/Ãrea Azul, que fala sobre as condições de trabalho oferecidas pela entidade aos funcionários (saiba mais).

Elas foram procuradas pela imprensa local e endossaram a denúncia que foi trazida a público na última sessão da Câmara.

Com medo de represálias, as identidades foram preservadas.

Uma das denunciantes, disse lembrou que a redução no quadro de funcionários tem atrapalhado o trabalho.

"A gente tinha um quadro de 23 funcionários, e atualmente são apenas dez. Nossas condições de trabalho são precárias, pois uma menina está tomando conta de cinco ruas sozinha. Hoje, só temos o pão pela manhã e que a Prefeitura fornece. A AJA só fornece o chá e o café e à tarde não temos nada", disse.

Além disso, as colaboradoras estão sendo orientadas a aplicarem as emendas que a Câmara aprovou, mas que o prefeito Edmar Mazucato vetou de forma parcial (10 minutos de tolerância controlados por ticket, duas horas para vagas de idosos e funcionamento até as 17 horas), e, consequentemente, descumprir o que está em vigor por lei – tolerância de 15 minutos e funcionamento até as 16 horas.

A ordem teria partido do voluntário da AJA, Amim Tadeu Jundi que, recentemente, precisou deixar o cargo de presidente da entidade, por conta da Lei de Nepotismo - ele é irmão do secretário de Indústria e Comércio e, com isso, a AJA não poderia receber subvenções.

No entanto, de acordo com as reclamações, Jundi continua dando ordens na entidade.

"Ele [Tadeu Jundi] sempre usa a palavra voluntário, mas é ele que manda e desmanda lá dentro. Ele sempre fala que é voluntário, mas ocupa cargo de chefia", revelou a funcionária, que disse mais: há ordem para não dar a tolerância prevista por lei, de 15 minutos.

"A ordem que a gente tem é ir até o veículo, esperar o condutor sair e aplicar a irregularidade, além de funcionar até as 17 horas", disse a funcionária.

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