Diocese de Marília completa quatro meses sem missas presenciais

29/07/2020 05h48 Neste período, as celebrações eucarísticas e momentos de espiritualidade acontecem pelas redes sociais com transmissões diárias.
Redação - Acally Toledo - Informações: Grupo Impacto, Marília - SP
Diocese de Marília completa quatro meses sem missas presenciais Padre Rui Rodrigues, pároco da Paróquia Santo Antônio. (Foto: Gustavo Castellon / IMPACTO)

As mudanças causadas pela pandemia da Covid-19 deverão permanecer entre as pessoas por muito tempo, como na economia, emprego, política e relações sociais – aspectos que devem sofrer significativas alterações. Porém, tem um segmento que há uma grande expectativa para a volta da normalidade, o religioso.

No sábado (18) completou quatro meses de proibição de missas presenciais na Diocese de Marília, na qual a microrregião de Adamantina está inserida. Neste período, as celebrações eucarísticas e momentos de espiritualidade acontecem pelas redes sociais com transmissões diárias.

Em entrevista ao IMPACTO, o pároco da Paróquia Santo Antônio, de Adamantina – uma das cidades com maior número de católicos praticantes na região –, relata os sentimentos deste momento ainda de incertezas sobre a volta das atividades com a presença dos fiéis.

"O sentimento no início, confesso que foi de angústia e tristeza, porém, o que me causou uma aceitação foi que tudo era para preservar, cuidar da saúde. Nunca imaginei na vida, e posso dizer isso com toda a certeza, como nenhum outro padre e leigo imaginaram, que um dia estivéssemos passando por esta realidade. É algo triste. A igreja em dois mil anos de história, creio eu que passou apenas uma vez por algo similar, se me recordo. Mas na vida é assim, não imaginamos, mas acontece!", disse padre Rui Rodrigues.

Segundo ele, apenas a Diocese de Marília não houve qualquer flexibilização no período de quarentena, se considerar a Sub-regional de Botucatu. "A nossa Diocese foi a única que faz a opção de não voltar em nenhum momento. Isso foi uma sábia decisão do bispo, porque em outras dioceses, como de Bauru e Assis, permitiram a missa e depois tiveram que retroceder mais do que uma vez, e isso confundiu os fiéis. Sei que é dolorosa, mas digo que foi uma decisão sábia de não voltar as missas presenciais neste momento", avalia.

Para manter a conexão com o povo católico, padre Rui celebra missas diariamente e realiza outros momentos de oração durante a semana. “Estamos multiplicando as espiritualidades, como missas, Novena do Perpétuo Socorro, adorações, os meios de comunicação nos deixam ligados, é necessário trazer opções para o povo meditar, orar. A comunidade está enfrentando com esperança. Estamos ansiosos para que as missas, as atividades sejam retomadas”, disse.

Mesmo com o distanciamento, o religioso pontua que a "comunidade está melhor do que imaginava”. "Por exemplo, multiplicamos a doação de cestas básicas graças à colaboração dos fiéis. Eram 90 as fixas mensalmente, e foram multiplicadas as doações sem contar aquelas que pegam as cestas de forma emergencial. É uma resposta do compromisso da comunidade, com a Igreja e o próximo".

Padre Rui ressalta a esperança para o enfrentamento do momento atípico, o que considera uma “virtude mais do que necessária”. "Temos a esperança na vida eterna, de contemplar a Deus face a face. Rezo agora para descoberta eficaz da vacina, que além de imunizar, dará coragem as pessoas, que estão com medo de sair de casa".

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