Confirmado caso de Leishmaniose Visceral em Osvaldo Cruz

15/08/2018 11h49 Segundo Camila Silva, enfermeira da Vigilância Epidemiológica da cidade, trata-se de um homem de 61 anos.
Redação - Acally Toledo, Osvaldo Cruz - SP
Confirmado caso de Leishmaniose Visceral em Osvaldo Cruz .

Foi confirmado na manhã desta quarta-feira (15), um caso de leishmaniose em humano em Osvaldo Cruz. Após a realização de um teste rápido, o Instituto Adolfo Lutz de Marília constatou o resultado positivo. O homem, de 61 anos, está internado na Santa Casa local de onde aguarda transferência para o Hospital das Clínicas de Marília para a realização do tratamento da doença.

Segundo a enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Osvaldo Cruz, Camila Silva, este é o segundo caso registrado no ano. "O primeiro caso confirmado de leishmaniose visceral em 2018 foi registrado em fevereiro em um homem de 34 anos.", disse.

Camila Silva destacou a importância de um diagnóstico rápido. "É importante que a população tenha consciência da informação de que o diagnóstico precoce pode evitar as chances de uma complicação do quadro. Então, pedimos para que, caso as pessoas apresentem algum sintoma característico da leishmaniose como febre prolongada, fraqueza, emagrecimento, aumento de baço e fígado, que procurem uma unidade de saúde para que providências quanto ao tratamento sejam iniciadas o mais rápido possível.", destacou.

 

A Leishmaniose Visceral

É uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações.

Leishmaniose Visceral é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito até 90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada do mosquito vetor infectado. No ambiente urbano, os cães são a principal fonte de infecção para o vetor, porém, é necessário informar que o cão não transmite a doença.

Os transmissores são insetos conhecidos popularmente como mosquito palha, asa-dura, tatuquiras, birigui, dentre outros. Estes insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas.

A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi.

A prevenção ocorre por meio do combate ao inseto transmissor. É possível mantê-lo longe, especialmente com o apoio da população, no que diz respeito à higiene ambiental por meio de limpeza periódica dos quintais, retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo, locais onde os mosquitos se desenvolvem); destinação adequada do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos; limpeza dos abrigos de animais domésticos, além da manutenção desses animais distantes do domicílio, especialmente durante a noite, a fim de reduzir a atração dos flebotomíneos para dentro de casa.

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